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Tucanos serão investigados por fraude na licitação do metrô de SP

O Ministério Público de São Paulo abriu nesta quarta-feira (27) inquérito para investigar denúncia de fraude na licitação de lotes da linha 5 (lilás) do Metrô de São Paulo. O inquérito ficará sob responsabilidade do 8º Promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social, Luiz Fernando Rodrigues Pinto Junior.

O PT solicitou nesta terça (26) ao MP de São Paulo a abertura de investigação para apurar um suposto “acordão” entre empreiteiras e indícios de licitação viciada nos lotes 3 a 8 da linha 5 – lilás do Metrô.

Em representação enviada ao procurador-geral de Justiça do Estado, Fernando Grella Vieira, a bancada petista solicita "apuração de possível ilegalidade, inconstitucionalidade e improbidade na conduta" de autoridades do Estado, citando, nominalmente, o ex-governador do Estado e candidato tucano à Presidência, José Serra, e o atual governador, Alberto Goldman (PSDB).

A denúncia sobre a fraude na licitação da ampliação do metrô na capital foi feita pelo jornal Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, os nomes das empresas vencedoras da licitação da linha 5 (lilás) do Metrô de São Paulo, para os lotes 2 a 8, já eram conhecidos seis meses antes da divulgação oficial, que ocorreu em 21 de outubro.

De acordo com o jornal, o valor desses lotes é superior a R$ 4 bilhões. A linha 5 irá do Largo 13 à Chácara Klabin e terá conexão com as linhas 1 (azul) e 2 (verde), além do corredor São Paulo-Diadema da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).

O jornal registrou os nomes das empresas vencedoras em vídeo e em cartório nos dias 20 e 23 de abril deste ano. São eles: consórcio Camargo Corrêa/Andrade Gutierrez (lote 3), consórcio Mendes Júnior (lote 4), consórcio Heleno & Fonseca/Triunfo Iesa (lote 5), consórcio Carioca/Cetenco (lote 6), consórcio Odebrecht/OAS/Queiroz Galvão (lote 7) e consórcio C.R. Almeida/Consbem (lote 8).

O governo de São Paulo abriu a licitação em outubro de 2008, quando José Serra (PSDB) era governador. O atual governador, Alberto Goldman (PSDB), mandou suspender o processo de licitação na última terça-feira (26).

Da redação com agências