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Morre Emílio Massera, pai da repressão na ditadura argentina

O ex-almirante Emilio Eduardo Massera, de 84 anos, morreu nesta segunda-feira (8/11) no hospital naval de Buenos Aires vítima de uma parada cardiorrespiratória, informou a imprensa local. Massera era considerado o arquiteto da repressão que tomou conta da Argentina durante o sangrento regime militar (1976-1983).

Neto de imigrantes suíços, ele seguiu carreira militar na Marinha Argentina e posteriormente se integrou às juntas militares que impuseram uma ditadura no país. Durante o período, destacou-se por seu um hábil articulador político. Antiperonista convicto, participou do golpe que destituiu Juan Perón em 1955. Em 1973, após voltar do exílio, foi promovido a almirante ironicamente pelo próprio Perón.

Após a morte do líder argentino, o ex-almirante juntou-se aos conspiradores que efetuaram o golpe de estado em 24 de março de 1976 contra a presidente María Estela Martínez de Perón. Mais tarde, passou a militar lado a lado com o ex-ditador Jorge Rafael Videla (1976-1981).

Foi nessa época que Massera protagonizou, através da Marinha Argentina, uma repressão implacável aos opositores do regime, com um saldo de milhares de mortos. Ele chegou a ser processado por roubo e troca de identidade de criança de desaparecidas durante o regime militar.

Da Redação, com informações do Opera Mundi