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Presidente da UNE diz que MEC ainda não respondeu sobre Enem

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (10), o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, disse que a UNE e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) ainda não receberam nenhuma resposta do Ministério da Educação (MEC) acerca dos problemas ocorridos no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e completa, referindo-se à exigência do MEC receber as entidades ainda nesta semana: "se o isso não acontecer, os estudantes sabem se fazer ouvir".

Na entrevista, Augusto fala sobre o posicionamento das entidades estudantis diante dos problemas ocorridos na realização do Enem 2010 e faz balanço das ocorrências recebidas pela central de reclamações criada pelas entidades estudantis. "Todos aqueles que foram prejudicados devem ter o direito a fazer uma nova prova", declara Chagas.

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A UNE e a UBES já lançaram duas notas a respeito da situação de instabilidade na prova do Enem, com exigência de que o MEC receba as duas entidades, com a proposta de prova opcional a todos os estudantes que se sentirem prejudicados e com exigência de retratação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do MEC pelo comentário realizado no microblog twitter no dia da prova, que dizia: “Alunos q já ‘dançaram’ no Enem tentam tumultuar com msgs nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los”.

Defesa do Enem 

O presidente da UNE defende a existência do Enem enquanto instrumento de acesso à universidade e esclarece a defesa pela UNE e UBES da criação de um órgão federal específico para conduzir a aplicação de um exame importante como o Enem. Para as entidades, o exame seja realizado mais de uma vez por ano, permitindo que os estudantes realizem provas ao longo da formação do Ensino Médio e não apenas ao concluir esta etapa dos estudos. Este processo representaria um passo importante em direção ao fim do vestibular, instrumento rechaçado pelas entidades estudantis pelo seu caráter opressivo e excludente, defende Augusto.

Sobre a prova deste ano, Augusto disse que a UNE e a Ubes aguardam que o MEC diga qual é o critério de quem pode fazer a segunda prova, e completa que, se não for possível definir de forma precisa, a saída que pode preservar o direito dos estudantes é realizar uma nova prova em que todos os que se sentiram prejudicados possam fazê-la e os que não se sentiram possam optar por não realizar uma segunda prova. Aqueles que optarem por fazer a nova prova, teriam anulanda a nota da primeira.

A respeito dos prejuízos aos cofres públicos que representariam a realização de uma nova prova, o presidente da UNE defende que os responsáveis pelos erros devem arcar com os prejuízos de uma nova prova, e constata: "que em última instância é o próprio MEC".

Confira a íntegra da entrevista:

Central continua funcionando 

A central da UNE e UBES continuará recebendo reclamações e denúncias: (11) 2771.0792 (das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira). Email: [email protected] 

Da redação, Luana Bonone, com Estudantenet