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Ciro Gomes é cotado para o BNDES; Mantega deve ficar na Fazenda

Dois nomes aparecem com cada vez mais força nas especulações sobre a equipe de governo da presidente eleita Dilma Rousseff. Trata-se do deputado federal Ciro Gomes (PSB) e do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Enquanto Ciro é cotado para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dilma tem dado todos os sinais de que manterá Mantega na Fazenda.

De acordo com uma fonte com acesso a Dilma, Ciro continuou um aliado fiel e, no segundo turno, atuou com destaque na coordenação política da campanha. Por isso, deve ser contemplado com um cargo na nova administração. Segundo esse interlocutor, a presidente eleita também acredita que Ciro possa dar uma contribuição ao setor, pois tem boa formação e pulso firme — qualidades consideradas necessárias para gerir o órgão.

Além disso, o deputado é adepto da linha desenvolvimentista, perfil que Dilma pretende buscar na composição de seus colaboradores. A nomeação fortaleceria também o aliado PSB — que, no governo Lula, já detém o ministério da Ciência e Tecnologia e a Secretaria Especial de Portos.

O BNDES, um dos órgãos mais cobiçados do governo federal, é considerado a única instituição financeira do país especializada em financiamentos de projetos de longo prazo. No biênio 2009/2010, o banco ganhou injeção de R$ 180 bilhões do Tesouro. Seus desembolsos devem encerrar este ano em torno de R$ 146 bilhões.

Com Mantega, pesa também a sugestão feita a Dilma pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Manter o atual ministro da Fazenda é a mostra de que o futuro governo pretende dar continuidade à política econômica de metas de inflação e câmbio flutuante — mas com a exigência de que os juros caiam progressivamente, para que cheguem a 2% até 2014.

Na convivência diária que teve com Mantega desde segunda-feira, quando viajaram juntos para Seul, Dilma se convenceu, segundo um interlocutor de ambos, de que ele tem o controle das informações sobre a economia. Mantega também está no rumo da política que Dilma deseja imprimir ao setor, com o Estado fazendo o papel de indutor do crescimento econômico.

Nos últimos quatro dias, a presidente eleita Dilma não deu um passo sem que Mantega estivesse ao seu lado. O ministro a pôs o par de tudo o que estava ocorrendo no G-20, a reunião de cúpula dos países mais ricos, que termina nesta sexta-feira (12), em Seul.

A presidente eleita ainda não anunciou sua equipe econômica e disse que divulgará todos os nomes de uma vez. Já Mantega evitou falar de sua eventual permanência no Ministério da Fazenda.

Da Redação, com agências