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Jobim critica visão 'terrorista' de entidade sobre aeroportos

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, classificou como "terrorismo" o conteúdo do relatório da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que criticou severamente a infraestrutura aeroportuária do Brasil dizendo que ela é um "desastre" e uma "vergonha". Para o ministro da Defesa, a Iata não protege os usuários e reflete apenas "o ponto de vista das empresas".

"Nunca vi posição da Iata, por exemplo, em relação ao conforto dos passageiros nos voos nas empresas brasileiras. Esta é uma manifestação unilateral, sem conhecimento profundo de causa. Não há esta visão terrorista estabelecida pela Iata, que é meramente uma manifestação do setor comercial". A Iata representa cerca de 230 empresas aéreas de todo o mundo que, de acordo com seu estatuto, opina sobre segurança, regularidade e economia no transporte aéreo em benefício dos usuários.

Questionado sobre os problemas apontados pelo relatório em 13 dos 20 principais aeroportos brasileiros, com destaque para as deficiências do de Guarulhos (SP), o maior do país, o ministro Jobim reagiu justificando que o governo está realizando obras nos aeroportos e melhorando as suas instalações.

"Há problemas (em Guarulhos) sim, mas estamos trabalhando nele, estamos em obras. Há obras de melhoria de pistas, estacionamento, o terminal está basicamente pronto, a construção do outro terminal está em andamento. As coisas estão caminhando e serão atendidas", declarou Jobim, após cerimônia do Dia da Bandeira, no Quartel General do Exército, em Brasília.
Em relação à possibilidade de problemas nos aeroportos brasileiros nos períodos da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada em 2016, também alertados pela Iata, Jobim respondeu que estes períodos representarão apenas soluços com aumentos nos movimentos entre 2% e 4% naqueles períodos e que o setor está se preparando para um crescimento anual da aviação civil doméstica da ordem de 25% a 27%.