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Washington Post: EUA enviam tanques ao Afeganistão

Pela primeira vez em sua campanha de nove anos de ocupação, o Pentágono enviou ao Afeganistão tanques de guerra fortemente blindados, em outra "escalada das táticas agressivas" contra os talibãs, informou nesta sexta-feira (19) o diário The Washington Post.

"O destacamento de uma companhia de tanques Abrams M1, operados no terreno pela infantaria da Marinha no sudoeste do Afeganistão, permitirá que as forças dos Estados Unidos façam disparos contra insurgentes a partir de maior distância", informou o jornal, que cita como fonte funcionários militares dos Estados Unidos.

Os tanques, que pesam 68 toneladas, são movidos por uma turbina de propulsão a jato e estão equipados com um canhão principal de 120 milímetros, que pode destruir uma casa a mais de 1.500 metros.

Os Estados Unidos, que invadiram o Afeganistão depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001 em Nova York e Washington, têm atualmente nesse país cerca de 100 mil soldados e estão em um beco sem saída na ocupação.

Além deles, operam no Afeganistão dezenas de milhares de soldados do Pacto Militar do Atlântico Norte e mercenários "terceirizados".

O presidente Barack Obama ordenou um aumento do contingente militar, que foi completado em setembro e nos últimos dois meses as operaçoes foram mais intensas que em qualquer outro período desde a derrubada do regime talibã, em fins de 2001.

Segundo o diário americano, o ritmo das missões de operações especiais para eliminar ou capturar os talibãs "se triplicou nos últimos três meses e os aviões da Otan e dos Estados Unidos lançaram em outubro mais mísseis que em qualquer outro mês desde 2001.

Os tanques superblindados serão utilizados, primeiro, em algumas partes no norte da província de Helmand, e a primeira unidade contará com 16 carros de combate, embora "o número total de tanques e a área de operações poderá ser expandida de acordo com as necessidades", agregou o jornal.

Uma das fontes do Post reconheceu que "o uso de tanques, quando já passamos por tantos anos de guerra, poderá ser visto por alguns afegãos e estadunidenses como um sinal de desespero".

Fonte: Cubadebate