Washington Post: EUA enviam tanques ao Afeganistão
Pela primeira vez em sua campanha de nove anos de ocupação, o Pentágono enviou ao Afeganistão tanques de guerra fortemente blindados, em outra "escalada das táticas agressivas" contra os talibãs, informou nesta sexta-feira (19) o diário The Washington Post.
Publicado 19/11/2010 17:27
"O destacamento de uma companhia de tanques Abrams M1, operados no terreno pela infantaria da Marinha no sudoeste do Afeganistão, permitirá que as forças dos Estados Unidos façam disparos contra insurgentes a partir de maior distância", informou o jornal, que cita como fonte funcionários militares dos Estados Unidos.
Os tanques, que pesam 68 toneladas, são movidos por uma turbina de propulsão a jato e estão equipados com um canhão principal de 120 milímetros, que pode destruir uma casa a mais de 1.500 metros.
Os Estados Unidos, que invadiram o Afeganistão depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001 em Nova York e Washington, têm atualmente nesse país cerca de 100 mil soldados e estão em um beco sem saída na ocupação.
Além deles, operam no Afeganistão dezenas de milhares de soldados do Pacto Militar do Atlântico Norte e mercenários "terceirizados".
O presidente Barack Obama ordenou um aumento do contingente militar, que foi completado em setembro e nos últimos dois meses as operaçoes foram mais intensas que em qualquer outro período desde a derrubada do regime talibã, em fins de 2001.
Segundo o diário americano, o ritmo das missões de operações especiais para eliminar ou capturar os talibãs "se triplicou nos últimos três meses e os aviões da Otan e dos Estados Unidos lançaram em outubro mais mísseis que em qualquer outro mês desde 2001.
Os tanques superblindados serão utilizados, primeiro, em algumas partes no norte da província de Helmand, e a primeira unidade contará com 16 carros de combate, embora "o número total de tanques e a área de operações poderá ser expandida de acordo com as necessidades", agregou o jornal.
Uma das fontes do Post reconheceu que "o uso de tanques, quando já passamos por tantos anos de guerra, poderá ser visto por alguns afegãos e estadunidenses como um sinal de desespero".
Fonte: Cubadebate