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Centrais, governo e relator voltam a negociar valor do mínimo

Representantes das seis centrais sindicais, governo, entidades de aposentados e pensionistas reúnem-se nesta terça (23) com o relator do projeto de Orçamento da União, senador Gim Argello (PTB-DF), para negociar o novo valor do salário mínimo. As entidades propõem R$ 580 contra os R$ 540 defendidos pelo governo.

No último encontro com o relator, os sindicalistas observaram que, em função da recuperação econômica, várias categorias profissionais vêm recebendo aumentos maiores do que a inflação e, por isso, corrigir o mínimo apenas com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como quer o governo, seria manter o valor defasado.

Na semana passada, os dirigentes das centrais sindicais e das entidades de aposentados e pensionistas estiveram em São Paulo com os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Previdência Social, Carlos Gabas, que insistiram na manutenção do mínimo em R$ 540.

À Agência Senado, o senador Gim Argello disse que as negociações não avançaram muito. Pelos seus cálculos, o reajuste proposto pelos sindicalistas teria um impacto de R$ 40 bilhões nas contas públicas, do acréscimo de R$ 40 no valor do mínimo.

Esse montante, observa Gim Argello, é quase igual ao total de investimentos constantes da proposta orçamentária, de R$ 44 bilhões. Além disso, segundo o relator, muitas prefeituras têm alertado sobre dificuldades de caixa para pagar esse valor a seus funcionários.

De Brasília com informações da Agência Senado