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Deputado quer aprovar logo medida que prepara eventos esportivos

Entre as Medidas Provisórias que estão travadas na Câmara está a que cria a Autoridade Pública Olímpica (APO). O deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), relator da MP, acredita que, superados os obstáculos do período eleitoral, a MP seja aprovada ainda este ano. “Só foram apresentadas três emendas, o que dá ideia da consciência do papel e da importância da Câmara de responder rapidamente as exigências do COI (Comitê Olímpico Internacional).”

Ele anunciou, em entrevista ao Programa Palavra Aberta, da TV Câmara, que vai incluir na MP da APO o conteúdo da MP 489, que criava a Empresa Brasil 2016 e que perdeu a validade sem ser votada pela Câmara. Ele explica que a empresa vai ser o braço executivo da APO para execução das obras do governo federal. A primeira (entidade) vai planejar os Jogos Olímpicos e a segunda vai executar suas obras.

Mas ele destaca que as obras serão feitas pelos três entes da federação – União, Governo do Estado e a Prefeitura do Rio de Janeiro, “sob a orientação, fiscalização, e sobretudo controle da APO, já que temos que entregar a cidade do Rio em 2016 preparada para a receber as Olimpíadas.”

Valentim diz que nas preparações para as Olimpíadas de 2016, o Rio conta com uma vantagem. “A responsabilidade é muito grande. Temos que ter a sensibilidade para atender os que vão assistir e os que vão competir, inclusive os atletas paraolímpicos”, avalia, acrescentando que “a vantagem é que nós vamos ter vivido a Copa em 2014, que não vai ser só no Rio mas em várias capitais do País, mas vamos aproveitar os preparativos para a Copa do Mundo que já vai ajudar.”

Exigência do COI

Ele explica ainda que “a APO foi uma exigência do COI para ganharmos as olimpíadas. O COI não quer discutir com cada um dos órgãos envolvidos na preparação, mas uma instituição que represente o País na organização dos jogos”, diz, destacando que em Londres, que vai sediar as Olimpíadas de 2012, existe o Ministério das Olimpíadas.

“É uma forma de organização. Cada país tem a sua forma de organização. No Brasil existe a APO, que deve ser aprovada na Câmara dos Deputados, na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro e na Câmara Municipal do Rio”, disse o parlamentar, explicando ainda que a APO é um consórcio que reúne os três níveis de governo e se relaciona com o Comitê Olímpico Internacional e com o Comitê Organizador dos Jogos.

O custeio da instituição é dos governos federal, que já aportou R$54 milhões este ano, estadual e municipal.

Confiança no sucesso

Ele manifesta preocupação em iniciar logo as obras necessárias. E admite que os aeroportos representam grande problema, “porque é a porta de entrada de atletas e turistas; se não funcionar bem vai criar grandes problemas com o calendário das provas.”

Ao mesmo tempo, manifesta confiança no sucesso dos eventos, enfatizando que “não conquistamos as olimpíadas a toa, de graça. Para chegar ao nível de reconhecimento por parte de organismos tão exigentes como a Fifa e o COI, nós vínhamos fazendo o dever de casa”. E admite que “ainda não atingimos a solução dos problemas, estamos num processo, mas temos que enxergar esse eventos como ápice do crescimento econômico do país, de investimentos e distribuição de renda.”

E disse que o país está preparado para enfrentar o desafio de tratar da educação, saúde, infraestrutura e segurança e realizar esses grandes eventos.

De Brasília
Márcia Xavier