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Espanha decreta estado de alerta para terminar greve

O governo espanhol decretou estado de alerta para conter a greve de controladores aéreos, que paralisou os voos e o tráfego aéreo em todo o país. A paralisação começou na sexta-feira (3) e envolve discussões sobre as condições de trabalho da categoria.

O governo espanhol ordenou na noite de sexta que as Forças Armadas do país assumissem o controle do espaço aéreo do país, após cerca de 90% dos controladores terem entrado em greve.

Assim, os principais aeroportos da Espanha — como Barajas, em Madri — foram militarizados depois que os funcionários não assumiram seus postos como forma de protestos por melhores salários.

A paralisação de controladores aéreos na Espanha já afeta mais de 250 mil passageiros, que tiveram os voos adiados ou cancelados.

Entre as medidas aprovadas durante uma reunião de emergência estão o envio de 300 controladores militares às torres de controle e a abertura de aeroportos militares ao tráfego civil.

O governo afirmou que caso os controladores não voltem ao trabalho, serão acusados de delito grave. O sindicato dos controladores explicou que a paralisação não foi um protesto programado, mas algo espontâneo, “fruto do estresse no trabalho”.

Para forçar a volta dos controladores ao trabalho sem abrir negociações, o governo espanhol declarou estado de alerta, o que implica também em suspensão de direitos civis.

É a primeira vez que se declara o estado de alerta na Espanha desde a morte do ditador fascista Francisco Franco, em 1975.

"Os aeroportos permanecem praticamente todos paralisados, por isso o conselho de ministros aprovou um decreto que institui o estado de alerta, de acordo com a Constituição", segundo Rubalcaba. O estado deve durar a princípio 15 dias.

Isso significa que os "controladores passam a estar mobilizados e, no caso de não comparecerem ao trabalho, estarão incorrendo num delito de desobediência tipificado no código penal militar", explicou.

O estado de alerta é reconhecido pela Constituição e em uma lei de 1981 para eventualidades como "terremotos, inundações, incêndios ou acidentes de grande magnitude, crise sanitárias, paralisações de serviços públicos essenciais ou situações de desabastecimento de produtos de primeira necessidade".

Da redação, com agências