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Inter estreia hoje no Mundial de Clubes 

O Internacional começa nesta terça-feira a caminhada rumo ao bicampeonato Mundial de Cubes contra um time africano desconhecido, que Celso Roth e jogadores dizem respeitar. 

Não passa pela cabeça de torcedores colorados serem eliminados pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, em duelo que começa às 14h de Brasília, em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), mas o retrospecto dos sul-americanos nos mundiais chancelados pela Fifa mostra que é bom não estar realmente com a cabeça voltada já para a final. Africanos, asiáticos e árabes já deram trabalhos a times da América do Sul, principalmente a brasileiros. Somente a LDU, do Equador, venceu seu oponente, o Pachuca, por mais de um gol de diferença na prévia da decisão (2 a 0 em 2008).
“O maior problema em uma partida como essa é você imaginar que é favorito, como fez o Pachuca contra o Mazembe (perdeu por 1 a 0 nas quartas de final). É seriedade, principalmente porque é um jogo só. Não tem segunda chance”, disse o técnico Celso Roth.
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Treinador do Inter refutou clima de "já ganhou" para o jogo contra o TP Mazembe
Este será o principal tema na preleção que o treinador dá na tarde desta terça em Abu Dhabi, manhã no Brasil, antes da partida. Os jogadores parecem já ter assimilado o recado, porque Rafael Sóbis, jogador que concedeu entrevista antes da partida na conferência oficial da Fifa, lembrou disso.
“Não é como uma Libertadores, que você estreia e se perder tem mais cinco jogos para recuperar na fase de grupos. Ou pontos corridos, que é um campeonato longo. Não pode errar. Não pode perder gols e falhar lá atrás. É um jogo, se perdermos estamos fora”, disse Sóbis. Em caso de derrota há a disputa de terceiro lugar, também no sábado.
Problemas
O nervosismo talvez explique por que os sul-americanos costumam ter mais dificuldade nas semifinais dos Mundiais do que os europeus. Desde que a Fifa passou a usar esse cruzamento de tabela em jogos mata-mata nos quais os outros continentes definem os rivais da Europa e América do Sul, brasileiros e argentinos sempre tiveram mais problemas do que italianos, ingleses ou espanhóis.  Talvez porque a pressão na América do Sul para ganhar o torneio seja muito maior, já que a Europa costuma desdenhá-lo.
“Não acho que seja isso. Depende muito do adversário, da situação. Estamos focados, sabendo que temos um jogo difícil. Não imagino goleada em um Mundial de Clubes”, disse Roth.

Compare abaixo jogos de sul-americanos e europeus no Mundial a partir de 2005 (no Mundial de 2000, no Brasil, o regulamento foi outro. Havia fase de grupos).

2009
Barcelona (Espanha) 3 x 1 Atlante (México)
Estudiantes (Argentina) 2 x 1 Pohang Steelers (Coreia do Sul)
2008
Manchester United 5 x 3 Gamba Osaka (Japão) 
LDU (Equador) 2 x 0 Pachuca (México)
2007
Boca Juniors (Argentina) 1 x 0 Etoile (Tunísia) 
Milan (Itália) 1 x 0 Urawa Red Diamonds (Japão)
2006
Barcelona (Espanha) 4 x 0 América (México)
Internacional (Brasil) 2 x 1 Al-Ahly (Egito)
2005
Liverpool (Inglaterra) 3 x 0 Saprissa (Costa Rica)
São Paulo (Brasil) 3 x 2 Al-Ittihad (Arábia Saudita)
Confronto
Celso Roth não tem problemas no time titular. Rafael Sóbis, a grande dúvida para o Mundial, sente algumas dores no joelho esquerdo, operado recentemente, mais vai ser titular no esquema 4-4-2. Ele não deve jogar tão recuado, como normalmente faz, já que o Mazembe deve atacar e dar espaço.
Pelos treinamentos, Roth vai liberar os laterais, que serão protegidos por Guiñazu e Wilson Mathias. As jogadas nas pontas, nas costas das duas linhas de quatro que forma o Mazembe, podem ser o caminho da vitória.
 
O técnico do Mazembe, Lamine N'diyae, não revelou quem será o substituto do meia Sunzu, expulso contra o Pachuca. Roth aposta em Kasongo, jogador que é titular da equipe, mas começou a primeira partida no banco de reservas. Roth pedirá atenção ao volante Bedi, que ataca, e a Singuluma, atacante e camisa 10.

Com informações do iG