PNAD aponta redução da pobreza e desigualdade na Bahia

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD/IBGE apontou redução no número de pessoas em situação de pobreza na Bahia e melhorias na distribuição de renda. De acordo com relatório, 970 mil baianos saíram da condição de pobreza de 2006 a 2009. Na distribuição de renda, o índice indica diminuição da desigualdade em relação a 2008, tendo retornado ao patamar de 2006-07: 0,557 numa escala que varia de 0 a 100 – quanto menor o valor, menos desigual estão os indivíduos em termos de remuneração.

A geração de emprego e renda é um dos fatores que justifica os números. Durante os quase quatro anos de Governo Wagner (PT), foram criados 268.836 mil postos formais de trabalho com carteira assinada no estado. A marca ultrapassa os últimos 12 anos de governos carlistas, com Paulo Souto (DEM) e César Borges (PR) que, juntos, acumularam 249.664 mil empregos. Somente de janeiro a outubro deste ano, a Bahia gerou 98.024 mil novos postos de trabalho, alçando o estado à liderança em todo Nordeste.

Os programas federais também incentivam a criação de vagas e aquecem o mercado interno, como no caso do Minha Casa, Minha Vida e das obras financiadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Além disso, a Bahia possui o maior número de beneficiários do Bolsa Família, que destina, em média, R$ 2 bilhões por ano ao estado, atingindo seus 417 municípios e incrementando a renda de 1,6 milhão de famílias. Outras 827.416 mil estão na lista de espera para se inscrever no programa federal.

“O Bolsa Família, sem dúvida, é uma política que contribui para reduzir a condição de pobreza, mas não a altera fundamentalmente. É preciso trabalhar na promoção desse público”, pontuou o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte – Setre, Nilton Vasconcelos. A qualificação profissional, inclusive, é um dos focos de atuação da pasta, que promove regularmente cursos e oficinas direcionados à capacitação para as famílias e jovens atendidos pelo Programa, especialmente nos ramos de construção civil e turismo, que estão em franca expansão por conta dos investimentos para a Copa do Mundo de Futebol 2014.

Vasconcelos explica que, somado à política de valorização do salário mínimo, o Bolsa Família proporcionou o aumento da renda e o crescimento do consumo entre as classes mais baixas o que, naturalmente, motivou a implantação de empresas de bens de consumo final, como alimentos, e das grandes redes ligadas à comercialização. “O próprio fator do crescimento associado com esse efeito renda gera emprego e, ao empregar, também aumenta a massa salarial, o que faz aumentar, mais uma vez, a produção e o consumo. Então, é um círculo virtuoso e um momento excepcional de conjugação desses fatores de renda, de emprego e de crescimento econômico”, explica.

De Salvador,
Camila Jasmin