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Santos e Córdoba querem acelerar liberações anunciadas pelas Farc

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, se reuniu nesta terça-feira (14) com a defensora de Direitos Humanos, Piedad Córdoba, para acelerar a liberação unilateral de cinco retidos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) e acordar a designação do sociólogo Eduardo Pizarro Leongómez como delegado do governo para que o processo se realize o mais breve possível.

Santos deu a Córdoba "sua autorização para que proceda com as gestões encaminhas a obter, a maior brevidade" a libertação dos cinco detidos, informa um comunicado divulgado pela Presidência da Colômbia.

No documento, o governo da Colômbia manifesta que "espera que a liberação anunciada pelas Farc se realize o mais rápido possível" e reitera "seu chamado para que se produza a imediata liberação de todos os seqüestrados" na nação sul-americana.

Durante a reunião, Santos e Córdoba, também membro de Colombianos e Colombianas pela Paz, acordaram que "para garantir o êxito do processo, este se realizará com total discrição", indica a nota.

As negociações para a liberação de cinco detidos pelo grupo insurgente começaram nesta terça-feira na Colômbia, com a nomeação de um delegado governamental para atuar junto com a defensora colombiana, informou a Presidência da Colômbia.

O governo colombiano designou o doutor Eduardo Pizarro Leongómez para que atue como seu interlocutor no processo de libertação anunciado pelas Farc. Pizarro foi diretor da comissão nacional de reparação e reconciliação (CNRR) e estava dedicado aos trabalhos em matéria de desmobilização na Corte Penas Internacional.

Segundo Piedad Córdoba, estas libertações tardaram cerca de um mês e se prevê que o Brasil dê, novamente, apoio logístico para a operação. As Farc anunciaram no último dia 8 de dezembro a liberação unilateral de cinco detidos como gesto de compensação para a desabilitação de Piedad Córdoba, a quem agradecem por seu trabalho humanitário no conflito armado que vive esta nação.

Desde 2008, Córdoba facilitou a liberação de 14 detidos das Farc, foi desabilitada de seu cargo de senadora pela Procuradoria da República da Colômbia, que a acusou de ligações nexas, colaboração e apoio ao grupo rebelde.

A procuradoria acusa a Córdoba de "colaborar e promover o grupo armado ilegal das Farc", e supostamente tem comprovado que "instou a este grupo para que fosse hostil contra membros de partidos políticos e servidores públicos em troca de estreitar as relações".

Fonte: Adital