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Presidente da Fifa pede desculpa a homossexuais
Joseph Blatter disse que se arrependeu por ter dito que gays deverão evitar fazer sexo durante a Copa do Catar, em 2022.
Publicado 17/12/2010 08:53
O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol e Associados), Joseph Blatter, pediu desculpa nesta sexta-feira por ter falado no início da semana que os homossexuais deveriam evitar relações sexuais durante a Copa do Mundo de 2022, que será disputada no Catar. Ele disse isso durante evento em Joanesburgo, na África do Sul, terça-feira, mas, segundo relato dos presentes, em tom de brincadeira. Entidades ligada a gays no mundo todo protestaram contra o que classificaram de discriminação do dirigente.
“Ouvi um grupo fazendo comentários sobre o que disse. Eu me arrependo e peço desculpa se algumas pessoas ficaram ofendidas. Mas não quero me estender sobre o assunto”, disse Blatter. Ele foi perguntado na África do Sul sobre se os costumes locais teriam que ser alterados no Catar para o Mundial que ocorrerá daqui a 12 anos. E, segundo a assessoria da Fifa, falou em tom de brincadeira que “eles (homossexuais) devem se abster de ter qualquer relação sexual durante a Copa de 2022”.
Gracinhas de Joseph Blatter não foram bem aceitar e dirigente teve que se desculpar
Na sequência, Blatter completou com a opinião de que o país se adaptará aos costumes ocidentais. “Nós definitivamente estamos vivendo em um mundo livre e estou certo de que quando a Copa acontecer no Catar, em 2022”.
O estrago, porém, já estava feito. A repercussão no mundo todo foi negativa para Blatter. “Nunca foi uma pessoa que tolerou a discriminação e continuo sendo assim”, disse o dirigente.
Ele conversou com os jornalistas no estádio Zayed Sports City, em Abu Dhabi (nos Emirados Árabes Unidos), palco que recebe neste sábado, 15h de Brasília, a final do Mundial de clubes entre Inter de Milão, da Itália, e Mazembe, da República Democrática do Congo. Antes, às 12h (de Brasília), o Inter enfrenta o Seongnam Chunma, da Coreia do Sul, na disputa pelo terceiro lugar.
O Catar é um país mais fechado para o ocidente do que os EAU, que tem como uma das principais receitas o turismo. O islamismo condena a homossexualidade, mas membros do Comitê da candidatura do Catar garantiram à Fifa que o país aceitará durante o Mundial certas situações que proíbe atualmente (como em beber álcool em público, por exemplo. Umas das principais patrocinadoras da Fifa é uma marca de cerveja).
Com informações do iG