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Coreia do Norte rechaça ações dos EUA contra diálogo na Península

 O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia do Norte publicou recentemente declaração revelando plano estratégico dos Estados Unidos que fomenta o ambiente bélico na Península Coreana e proximidades, “transformando em ilusão as iniciativas de diálogo”. O Vermelho reproduz seu conteúdo a seguir.

Nestes tempos, os Estados Unidos iludem obstinadamente as iniciativas de diálogo impondo condições de toda índole que consistem em fomentar o clima bélico na Península Coreana e seu contorno.

Tal conduta parte do sinistro intento estratégico dos EUA de criar obstáculos para a construção econômica de nosso país e coibir os países vizinhos a tomar o domínio militar na dita área.
Para alcançar nossa meta de abrir as portas da grande potência próspera em 2012, agora é um momento muito importante em que devemos concentrar todas as forças para a construção econômica.

O que faz falta para incrementar as inversões estrangeiras em nosso país não é o clima bélico, mas sim o pacífico e estável.

A fim de romper com o ambiente necessário à construção econômica, os EUA agravam a situação e, ao mesmo tempo, recorrem às intrigas para nos imputar a responsabilidade deles.
Por exemplo, engana a opinião pública como se a tensa situação e a suspensão do diálogo se devessem ao fato de que a RPDC “violou” acordos internacionais e incorreu em “ações provocativas”.

A história do passado e a realidade de hoje demonstram que são precisamente os EUA os principais culpados pela sistemática violação de todos os acordos internacionais voltados para a paz e a estabilidade na Península Coreana.

Em particular, os EUA colocaram muitos equipamentos bélicos em solo sul-coreano violando flagrantemente o Acordo de Armistício da Coreia, firmado em 1953 e praticamente o invalidou  introduzindo as armas nucleares na Península Coreana.

Igualmente, não implementaram a resolução número 3390, aprovada em 1975 na Assembleia Geral da ONU, que demanda substituir o Acordo Armistício pela convenção de paz e dissolver o comando das forças armadas da ONU.

Os Estados Unidos invalidaram o Acordo Básico RPDC-EUA de 1994 e converteu em letra morta até mesmo a mensagem de garantia de seu presidente que prometeu fornecer a nosso país dois reatores de água leve até o ano de 2003.

Além disso, acrescentaram a ameaça militar sobre nosso país infringindo a Declaração Conjunta RPDC-EUA de junho de 1993, em que ambas as partes se comprometeram a não usar as forças armadas, inclusive as armas nucleares, nem ameaçar com elas a outra parte, e o Comunicado Conjunto RPDC-EUA de outubro de 2000 em que acordaram não hostilizarem um ao outro.

Também foram os EUA que violaram o espírito de respeito mútuo e igualdade, o artigo sobre a normalização de relações bilaterais e a preservação da paz e o princípio de ação simultânea, estipulados na Declaração Conjunta de 19 de setembro aprovada nas conversações celebradas em 2005.

Por outra parte, os EUA questionam atividades nucleares com fins pacíficos da RPDC tomando-as absurdamente como pretexto para atrapalhar o diálogo.

A construção independente do reator de água leve e a produção de urânio enriquecido em nosso país para abastecê-lo de combustível são atividades nucleares pacíficas para obter energia elétrica.

O uso pacífico de energia nuclear é um direito reconhecido internacionalmente aos países dentro e fora do Tratado de Não Proliferação, e nosso direito ao mesmo está colocado também na Declaração Conjunta de 19 de setembro.

Todos estes fatos mostram claramente quem quer o diálogo e a paz e quem deseja a confrontação e o clima de guerra na Península Coreana.

Partindo do desejo de prevenir a guerra e conseguir a desnuclearização da Península Coreana, apoiamos todas as iniciativas de diálogo, inclusive as conversações, mas nunca a mendigaremos.