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Condenado à prisão perpétua, Videla terá novo julgamento

Denunciado por inúmeros crimes contra a humanidade, o ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla, de 85 anos, deve ser julgado em fevereiro de 2011 pela acusação de ordenar o assassinato do bispo da província de Rioja, Enrique Angelelli. Videla, que ficou no poder de 1976 a 1981, foi acusado diversas vezes de violação de direitos humanos. As ações contra ele foram movidas em diferentes regiões do país.

Há cinco dias, o ex-ditador foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de 31 pessoas na província de Córdoba. Videla cumpre a pena em um presídio da capital, Buenos Aires.

Nesta segunda-feira (27) foi definido que Videla terá de responder ainda sobre o crime de assassinato do bispo Rioja. O juiz federal Daniel Piedra Herrera reiterou o pedido para que Videla compareça pessoalmente à sessão em que será julgado. O magistrado obteve resposta favorável à apelação.

A acusação é que Videla e Luciano Benjamin Menéndez lideraram o ataque e o assassinato do religioso, em 4 de agosto de 1976, na cidade de Punta de los Llanos. Angelelli era um dos líderes da Igreja da Libertação na Argentina e o assassinato dele virou uma espécie de símbolo de combate aos crimes ocorridos durante a ditadura militar argentina – uma das mais violentas da América Latina.

No último dia 22, Videla foi julgado e condenado pela morte de 31 prisioneiros em San Martín de Córdoba. Em sua defesa, o ex-ditador alegou que há “inimigos” no poder na Argentina que querem instaurar um regime político à “maneira marxista”. Ele disse que aceitava a pena de prisão perpétua “sob protesto”.

As informações são da Télam, agência oficial de notícias da Argentina.