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Mantega diz que alta de juro na China gera desaceleração mundial

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta terça-feira (28) que o aumento dos juros chineses deve resultar em uma desaceleração da economia mundial em 2011, devido ao peso da China na recuperação do mercado global. Segundo o ministro, no entanto, essa desaceleração já era esperada devido "ao refluxo das medidas de estímulo tomadas durante a crise e que agora estão sendo retiradas".

Segundo Mantega, por conta disso, o crescimento brasileiro também será afetado. "Quando a China coloca o pé no freio, afeta os outros países, uma vez que os emergentes agora têm peso maior", disse. De acordo com o ministro, o aumento dos juros determinado pelo governo chinês tem o objetivo de conter a inflação no gigante asiático.

Para ele, um dos motivos das pressões inflacionárias foi a política anticíclica adotada pelo governo da China durante a crise para concessão de crédito, que injetou US$1,2 trilhão no mercado. "Talvez tenha sido um pouco exagerado e acabou resultando numa bolha imobiliária", disse Mantega.

Além disso, completou o ministro, a China seria muito sensível ao aumento dos preços das commodities alimentícias. "Quanto menor é a renda da população, maior é o peso do custo dos alimentos na inflação", concluiu Mantega.

O Banco Popular da China aumentou, no último domingo (26), a taxa de juros em 0,25 pontos percentuais. Agora os depósitos serão remunerados a 2,75% ao ano, enquanto os empréstimos terão custo de 5,81%, ao ano.

Com agências