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Guerra e Serra disputam presidência do PSDB

O PSDB, que vive o dilema de renovar-se como oposição após a derrota nas eleições presidenciais e a redução de sua bancada no Congresso, experimenta uma disputa interna na renovação da direção de legenda, que deve ocorrer na convenção nacional marcada para maio. O atual presidente, deputa reeleito Sérgio Guerra (PE) quer ser reconduzido ao cargo, mas, para isso terá de enfrentar o ex-governador José Serra (SP).

O candidato derrotado à Presidência, articula o retorno ao comando do partido para permanecer no cenário político – o movimento tem causado desconforto na cúpula tucana. Serra chegou a ser cogitado para o Instituto Teotônio Vilela (ITV), mas almeja cargos mais altos.

Em compensação, Guerra conta com o apoio do governador Geraldo Alckmin (SP) e do senador eleito Aécio Neves (MG). A nova bancada da Câmara considera que o presidente nacional da legenda conduziu bem a disputa entre correligionários de Aécio Neves e José Serra.

Para a liderança do Partido na Câmara, os tucanos também estão divididos. Um dos nomes cotados para liderar a bancada é o do deputado federal reeleito, Duarte Nogueira (SP). Oriundo do PFL, o engenheiro agrônomo e pecuarista, já passou pelo PTB, PRN, voltou ao então PFL e em 1999 filiou-se ao PSDB.

Para chegar à liderança, o paulista terá de derrotar os deputados Otávio Leite (RJ) e Paulo Abi-Ackel (MG). O parlamentar fluminense pode ser eleito líder da minoria. As chances do mineiro são remotas.

Com 53 parlamentares, os tucanos são a terceira maior bancada da Câmara, atrás do PT e PMDB, mas terão poder de fogo reduzido. Com a redução, a oposição não terá número suficiente para propor comissões de inquérito e barrar emendas à Constituição.

De Brasília
Com agências