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ONU Mulheres entra em operação em 1º de janeiro

A ONU Mulheres – nova instituição que reúne quatro agências das Nações Unidas dedicadas à igualdade de gênero, entre elas, o Unifem – entra em vigor em 1º de janeiro. A nova agência foi criada pela Assembleia Geral em julho passado, depois de anos de negociações entre os Estados-membros e o movimento global de mulheres. A instituição terá como diretora-executiva a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet.

Em entrevista à Rádio ONU em Nova York, Bachelet explicou que o maior desafio será formar uma instituição "que tenha os mesmos pilares, mas sob uma entidade comum." Michelle Bachelet destacou que todas as "estruturas atuais desaparecem" e que a nova agência abrirá concursos para cargos hierárquicos. O Fundo de Desenvolvimento da ONU para Mulheres (Unifem), responsável pela captação de recursos, também deixa de existir como entidade separada.

A diretora da ONU Mulheres disse ainda que vai lançar em janeiro um plano de trabalho para os 100 primeiros dias de operação.

Em relação ao orçamento de US$500 milhões previstos para a agência, equivalentes a R$850 milhões, Bachelet explicou que a quantia é apenas "uma estimativa inicial" necessária para a realização dos novos projetos.

Segundo ela, o total disponível deve "ficar abaixo desse valor". Mas a diretora disse que vários países, entre eles Estados Unidos e Canadá, se comprometeram a aumentar as doações. Bachelet pretende lançar uma campanha no ano que vem para a captação de recursos.

A ONU Mulheres terá ao todo 41 países em seu Conselho Executivo. Entre as nações de língua portuguesa estão Brasil, Cabo Verde, Angola e Timor-Leste.