Reempossado, Cabral assume compromisso com segurança e educação

Elevar a posição do Estado do Rio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e acabar com o controle territorial pelo poder paralelo. Estas foram as duas principais metas assumidas pelo governador Sérgio Cabral, após tomar posse como governador do estado na Alerj, no dia 1º, ao lado do vice-governador, Luiz Fernando Pezão.

Alegando que a política de segurança é o primeiro passo para o sucesso de ações nas demais áreas, o governador reempossado comprometeu-se a acabar com a tomada de territórios no estado, “seja por traficantes, seja por milicianos”, até 2014. “Sem a segurança, o direito de ir e vir, todas as demais políticas terão dificuldade em ser implementadas, ficariam capengas”, reforçou Cabral, que, admitindo a necessidade de maiores avanços na Educação, afirmou que o Estado ocupará, até 2014, uma das cinco primeiras posições no ranking do Ideb – o índice referente ao ano de 2009 dava ao estado do Rio a penúltima posição em notas no Ensino Médio.

Cooperação

Cabral afirmou que a possibilidade de “virar a página” da situação de pânico em que se encontrava o estado há quatro anos veio da cooperação. Dando como exemplo a recente incursão da polícia e das Forças Armadas no Complexo do Alemão, ele ressaltou a importância da união entre os governos Federal, Estadual e prefeituras e exaltou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Pouco antes de sua saída do Governo, mas com o mesmo vigor de um primeiro dia de mandato, o presidente Lula tomou a decisão, se solidarizou, o que me permite chegar aqui nesse plenário e dizer que a memória de Tim Lopes foi honrada”, disse ele, citando o repórter torturado e morto em 2002.

Além do investimento no combate à criminalidade, disse Cabral, o incremento na gestão financeira permitiu que o Governo revertesse “situações inadmissíveis e humilhantes”, listando: “hoje os servidores do nosso Estado recebem os seus salários juntos com seus contracheques no primeiro e no segundo dias úteis do mês subsequente, e recebiam no 15º, 18º. Há 17, 18 anos não havia concurso para auditor fiscal e a Cedae vinha dando prejuízo de R$ 30 milhões por mês. O 13º salário dos servidores do estado era pago no ano seguinte, e os pensionistas não tinham seus rendimentos reajustados”, lembrou.

Relação com Dilma

Sobre seu segundo mandato, Cabral se disse certo da continuidade da boa relação com o Governo federal – agora com a presidente Dilma Rousseff – e anunciou investimentos de US$ 100 bilhões “em energia, infraestrutura, siderurgia, cultura, entretenimentos e serviços”. Também garantiu investimentos em novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das comunidades, na pavimentação de vias, sobretudo na Região Metropolitana, e no Bilhete Único Intermunicipal. “Hoje não há um cidadão que tenha prejuízo na contratação para o emprego porque mora numa cidade da Região Metropolitana. Há pessoas que economizam R$ 8, R$10, R$12 por dia, graças ao Bilhete Único Intermunicipal”, disse o governador, festejando a inédita primeira colocação do estado na geração de emprego e renda no País, atingida em novembro. E, reforçando o atendimento das obrigações do Estado, anunciou que continuará lutando pela conservação dos royalties de petróleo. “O Rio de Janeiro é um Estado absolutamente leal ao Brasil, absolutamente consciente dos seus deveres perante a nação. Acreditamos na distribuição de renda regional; acreditamos que todo o Brasil deva crescer, mas não vamos, em hipótese alguma, respeitando os nossos deveres, abrir mão dos nossos direitos”, sentenciou.