Projeto dos republicanos afetará 32 milhões de norte-americanos
O plano dos republicanos na Câmara de Representantes dos Estados Unidos de revogar a reforma do sistema de saúde borte-americano implicará que ao menos 32 milhões de pessoas perderão seu seguro de saúde em 2019, aumentando o número de pessoas sem cobertura médica para 54 milhões.
Publicado 07/01/2011 10:42
A revogação também acrescentaria US$ 230 bilhões ao déficit fiscal no ano de 2021 e aumentará o custo dos seguros de saúde, advertiu nesta quinta-feira (06), o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, por sua sigla em inglês).
Em carta de dez páginas enviada ao novo presidente da Câmara, John Boehner, o CBO calculou que o projeto de lei para a revogação da reforma, apresentado na quarta-feira (05), "aumentará o déficit orçamentário". Em particular, o documento preliminar assinalou que a anulação da lei aumentará o déficit fiscal em US$ 145 bilhões no fim desta década e em US$ 230 bilhões no ano de 2021.
Os republicanos, que na quarta-feira tomaram o controle da Câmara, lançaram nesta quinta-feira sua campanha para tornar a reforma da saúde sem efeito, apesar da firme oposição dos democratas, que, de qualquer forma, continuam sendo maioria no Senado. Em última instância, o próprio presidente Barack Obama poderia vetar a tentativa de revogar a lei.
Durante entrevista coletiva, Boehner minimizou a importância dos cálculos do CBO. "Não acho que revogar a reforma de saúde, que elimina empregos, aumentará o déficit. O CBO tem direito à sua opinião", disse Boehner, que assegurou que a entidade federal fez os cálculos com base nas falsas premissas da reforma da Saúde.
A votação sobre a anulação está prevista para a próxima quarta-feira (12). Os republicanos argumentam que a reforma da saúde impões ônus às empresas, afeta a criação de empregos e é incosntitucional ao obrigar os indivíduos a comprarem seguros de saúde se não contam com cobertura. A reforma, contudo, é aprovada por setores populares porque trata de reduzir os custos médicos e amparar milhões de pessoas que atualmente não podem pagar uma cobertura médica.
Com agências