Teresina prepara Semana de Combate à Hanseníase

Para lembrar a Semana Mundial de Luta contra a Hanseníase, de 24 a 31 de janeiro de 2011, a Fundação Municipal de Saúde (FMS), da Prefeitura de Teresina, programa uma série de ações que serão desenvolvidas nesse período para mobilizar a população no combate e cura da doença. 

Em Teresina, foram diagnosticados 535 novos casos em 2010. Estandes serão montados nos locais de maior fluxo populacional para chamar a atenção sobre a prevenção e importância do tratamento.
 
Outras atividades também serão realizadas. No dia 24, por exemplo, haverá um fórum, de âmbito estadual, com o apoio da FMS, destinado aos profissionais de saúde. No dia 25, está programada uma mobilização no Centro de Saúde Irmã Imaculada, no bairro Real Copagre.
 
“Nos dias 26, 27 e 31, profissionais de saúde das três regionais de saúde, incluindo os agentes da Estratégia Saúde da Família (ESF), vão se concentrar em pontos estratégicos da cidade, como shoppings, rua Climatizada, entre outros, distribuindo folders, panfletos e levando informações ao público”, adianta Kelsen Lages, da Gerência de Epidemiologia.
 
Segundo o técnico, de 24 a 28 de janeiro, os centros de saúde do município vão destacar programação especial, com exibição de filmes e exames em usuários. No dia 28, com o apoio da FMS, o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) vai realizar um evento, em local ainda a ser divulgado, sobre controle social da hanseníase.
 
A doença – A hanseníase é uma doença causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, descoberto em 1873 pelo médico norueguês Amaneur Hansen. É contagiosa e se transmite de uma pessoa doente para outra, por meio de gotas eliminadas no ar pela tosse, fala ou espirro. Somente o doente que não está em tratamento transmite a doença.
 
A doença demora de dois a cinco anos para se manifestar, pode atingir qualquer idade e sexo, e se instala principalmente nos nervos e na pele, causando manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas com perda ou diminuição da sensibilidade. A hanseníase tem cura e se não tratada ou tratada tardiamente pode causar incapacidades/deformidades.
 
No Brasil, conforme o Ministério da Saúde, pelos menos 47.000 casos novos são detectados a cada ano, sendo 8% deles em menores de 15 anos. As ações de controle da doença são baseadas no diagnóstico precoce de casos, seu tratamento e cura, visando eliminar fontes de infecção e evitar sequelas.