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Centrais pedem reunião com Dilma para cobrar mínimo de R$ 580 

 As centrais sindicais (CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CTB e UGT) fecharam hoje (11) uma estratégia de mobilização por um aumento maior do salário mínimo. Os representantes dos trabalhadores definiram em conjunto que o piso nacional deve ser de R$ 580 – o que representa um reajuste de 13,7% – e pretendem reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff para cobrar dela o reajuste.

As centrais vão encaminhar ainda nesta terça-feira (11) um pedido de audiência urgente com a presidenta. O documento será enviado também a vários ministros do governo. A estratégia das centrais sindicais é abrir negociação tanto com o Palácio do Planalto como com o Congresso Nacional para tentar a aprovação de um valor maior e evitar um veto do Executivo.

Para o salário mínimo, por enquanto, o governo oferece R$ 540 , o que já está previsto no orçamento de 2011 da União. De acordo com o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou várias medidas para amenizar os efeitos da crise econômica para diversos setores da economia e “agora é a hora de o governo também ajudar os trabalhadores”, argumentou.

Acordo

“Quando firmamos um acordo com o governo sobre o reajuste do salário mínimo até 2023, o princípio básico era a recuperação do mínimo. No ano em que todas as categorias tiveram aumento real, não ter o aumento real para o salário mínimo está errado”, disse o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, um dos presentes na reunião ocorrida nesta terça-feira na capital paulista.

Segundo Neto e outros sindicalistas, caso o governo não aceite a proposta das centrais, serão marcadas manifestações nas principais cidades do país. A primeira leva de manifestações já está marcada para a próxima terça- feira (18), em São Paulo e em outras capitais. A mobilização na Avenida Paulista ocorrerá às 11 horas.

Aposentados e IR

Além de uma aumento real para o mínimo, as centrais vão pedir correção da tabela do imposto de renda e aumento maior para os aposentados que ganham mais que o piso. Para as centrais, devem ter um aumento de 80% do percentual de reajuste aplicado ao salário mínimo.

“Estamos muito unidos, mais do que nunca. Todas as oportunidades em que esta união ocorreu, as resposta foram rápidas e as conquistas, imediatas”, declarou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

Combate à pobreza

Vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, ressaltou que a política de valorização do mínimo é uma das melhores estratégias para Dilma cumprir a promessa feita no discurso de posse e ao longo da campanha eleitoral, de erradicar a pobreza no país.

O encontro de hoje foi a primeira reunião do ano das centrais. Um novo encontro está marcado para sexta-feira, 14, na sede da Força Sindical. Além dos representantes da CGTB, UGT, Força Sindical e CTB, participaram da reunião membros da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Nova Central.

Da redação, com agências