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Cesta básica tem forte alta na maioria das capitais em 2010

Catorze das 17 capitais onde Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (o Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica registraram aumento acima de 10% no conjunto de gêneros alimentícios essências durante o ano de 2010.

As maiores elevações foram apuradas em Goiânia (22,90%), Recife (19,96%), Natal (18,14%) Manaus (16,73%), Fortaleza (16,21%) e São Paulo (16,20%). Aracaju (3,96%), Brasília (5,15%) e Porto Alegre (6,13%) foram as localidades com as menores variações acumuladas.

Alimentos

O comportamento dos alimentos básicos em 2010 foi oposto ao apurado em 2009 quando, no final do ano, 16 das 17 cidades acompanhadas apresentavam recuo nos preços dos gêneros de primeira necessidade.

No mês de dezembro, em oito capitais, os produtos básicos tiveram queda enquanto nas outras nove cidades o preço da cesta aumentou. Natal, com alta de 6,78% e Curitiba, onde o aumento foi de 2,05%, apresentaram as maiores variações. Já as baixas mais significativas ocorreram em Salvador (-4,24%) e Aracaju (-2,17%).

Salários versus preços

Em dezembro, São Paulo continuou a ser a capital onde o custo da cesta foi mais elevado, atingindo R$ 265,15, ainda que tenha subido apenas 0,20% em relação a novembro. Com alta de 0,95%, Porto Alegre registrou o segundo maior custo (R$ 252,15), com valor muito próximo do registrado em Manaus – de R$ 252,06 – resultado de um aumento de 0,60%. Apenas Aracaju – onde os produtos básicos custaram R$ 175,88 – e João Pessoa (R$ 194,24) apresentaram custo inferior a R$ 200,00.

Isto significa que o custo de vida real dos trabalhadores de mais baixa renda subiu mais do que a inflação. Isto significa que a correção dos rendimentos pelo IPCA, que é o índice oficial da inflação proposto para reajustar o salário mínimo, não basta para recompor o poder de compra dos salários.

Com informações do Dieese