Eliana Gomes comenta dados sobre a violência contra a mulher

O Jornal Diário do Nordeste publicou nesta segunda (10/01), matéria sobre o balanço da violência contra a mulher no Ceará, intitulada “153 mulheres mortas em 2010”. De acordo com os dados coletados, o número de mulheres assassinadas aumentou em 12,5%, comparado ao ano de 2009, em que 136 foram o total das vítimas no Estado.

Para Eliana Gomes, a situação é preocupante e diz respeito à impunidade, porque em 2010 constatou esse índice lamentável e nesse ano já foram registradas cinco mortes femininas. “A impunidade ainda reina no Ceará. É necessária a aplicação das medidas eficazes para resguardar as mulheres que são perseguidas pelos agressores”.

Segundo Eliana, as mulheres estão denunciando mais, porém, o gargalo principal ainda é na estrutura de atendimento. “Não podemos aceitar que em Fortaleza exista apenas uma delegacia em situação precária e que os funcionários levam adiante por competência e seriedade, mas eles precisam de recursos para trabalhar”, desabafou.

Ampliar a Rede de Enfrentamento

Em 2010, a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, da Criança e do Adolescente realizou visitas ao Juizado da Mulher e Delegacia da Mulher para verificar a estrutura de atendimento. O relatório foi apresentado na audiência pública que debateu a importância do dia 25 de novembro, dia Internacional de Enfretamento à Violência Contra a Mulher. O produto final das impressões da comissão servirá de subsídio para cobrar do Poder Público maior atenção ao combate à violência.

Para Eliana Gomes, as informações publicadas pelo Diário do Nordeste são importantes porque reforçam o que a Frente havia denunciado no ano passado. “A luta pela eliminação dessa violência passa pela melhoria da estrutura, criando um pólo integrado de atendimento que facilite a vida das mulheres que vão denunciar, assim como o aumento da estrutura para solucionar com agilidade os processos”, avaliou.

Unificar para combater a violência

A vereadora acredita que para reduzir os índices de violências é necessário um trabalho unificado com as Secretarias de Segurança, Justiça, a Defensoria Pública, parlamento e a sociedade civil. “Nesse cenário é preciso abrir os espaços de discussão em Fortaleza. Era pra existir o Conselho da Mulher, sendo ele, uma garantia a mais para cobrar a efetivação das políticas públicas. Não dá pra ficar somente diagnosticando a violência, temos que combatê-la”.

Eliana relata que a Frente Parlamentar solicitou, em 2010, uma audiência com o Secretário de Segurança, Roberto Monteiro, para debater tal situação, mas não houve retorno positivo. “Espero que o atual Secretário coloque na sua pauta de gestão o enfretamento emergencial à violência contra a mulher, dialogando com o movimento e recebendo os parlamentares para enfrentarmos, juntos, a situação”.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Vereadora Eliana Gomes