Sindicatos entrarão na Justiça contra agressores de dirigentes

Os Sindicatos dos Jornalistas e dos Gráficos do Ceará se reuniram, na última segunda-feira (11/01), para encaminhar providências jurídicas contra os empregados do Marketing do jornal O Povo que agrediram sindicalistas na última sexta-feira (07/11). As entidades decidiram entrar com representação criminal e os dirigentes agredidos com ações por danos morais, com pedido de reparação por lesão corporal dolosa.

Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML), o exame de corpo de delito fica pronto em 22 de janeiro. Com as provas das agressões disponíveis e o testemunho de pessoas que presenciaram o fato, as duas entidades exigirão que o jornal O Povo identifique os agressores para que sejam processados. Caso o jornal se negue a identificá-los, a empresa será responsabilizada no lugar deles.

"Os funcionários agressores estavam numa atividade do jornal, portanto são um braço da empresa, que é responsável solidária por toda e qualquer ilegalidade cometida por esses empregados contra terceiros", explica o presidente do Sindicato dos Gráficos (Sintigrace), Rogério Andrade.

Entidades divulgam Nota de Repúdio

As entidades abaixo assinadas repudiam, de forma veemente, as agressões praticadas por três empregados do Marketing do jornal O Povo contra os diretores do Sindicato dos Gráficos do Ceará, Juarez Alves e Josenaldo Ferreira, na última sexta-feira (07/01), na Praça do Ferreira. Após o enceramento da celebração pelos 83 anos da empresa, os dirigentes iniciaram panfletagem, quando foram atacados com socos no rosto e nas costas por agressores ainda não identificados.Ironicamente, os panfletos distribuídos pelos sindicalistas denunciavam casos de violência cometida pelo jornal contra profissionais e dirigentes sindicais, inclusive contra o próprio Juarez, dispensado ilegalmente pelo O Povo por comandar protestos contra a empresa. Funcionários do Marketing também tentaram tomar a máquina fotográfica da ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas no Ceará, Déborah Lima.

Repórter de Política do jornal há 13 anos, Déborah foi impedida pelo O Povo de voltar à redação, após o término do mandato, em retaliação à postura combativa do Sindicato. O jornal também demitiu ilegalmente o repórter-fotográfico Evilázio Bezerra, empregado da empresa há 16 anos, após tomar conhecimemnto de que ele se candidatara à diretoria da entidade.

Diante da gravidade dos fatos, era esperado que jornal O POVO não só fizesse o registro das agressões, como também adotasse providências no sentido de identificar e punir os agressores. Ao contrário, silenciou. Não pode um jornal, no dia em que completou 83 anos de história, permancer silente e inerte diante das hostilidades desferidas por seus empregados contra aqueles que denunciavam a conduta anti-sindical da empresa. A passividade e a indiferença, caso venham persistir, refletirá algo ainda mais grave: a condescendência do jornal O Povo com a violência.

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviço no Estado do Ceará – FETRACE

Central Única dos Trabalhadores no Ceará – CUT/CE

Coordenação Nacional de Lutas – Conlutas

Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Gráfica do Ceará – SINTIGRACE

Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará – Sindjorce

Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo – SJSP

Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no Município do Rio de Janeiro – SJMRJ

Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no Estado do Rio Grande do Sul – SJRS

Sindicatos dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás – SJGO

Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos Bancários do Ceará – SEEB

Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Valores no Ceará – SindValores

Sindicato dos Vigilantes do Estado do Ceará – Sindvigilantes

Fonte: Sindjorce