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Defeitos congênitos em Fallujah são epidemia imperialista

Uma investigação recente mostra que o número de bebês com defeitos congênitos nascidos em Fallujah, no Iraque, após o assalto das forças ocupantes dos EUA atinge níveis de epidemia.

De acordo com um estudo publicado pela Revista Internacional de Pesquisa Ambiental e de Saúde Pública, nos últimos seis anos o número de casos de recém-nascidos com cancros e tumores ósseos, problemas cardíacos e neurológicos aumentou de forma alarmante, fenômeno que pode estar relacionado com o tipo de armas e munições usadas durante o assalto norte-americano àquela cidade iraquiana.

Os investigadores apuraram que os defeitos congênitos são quase onze vezes superiores à norma, tendo atingido o valor mais elevado em meados do ano passado.

“Suspeitamos que a população está exposta a um agente nocivo presente no meio ambiente”, considerou o cientista Mozhgan Savabieasfahani, sem, no entanto, ter precisado qual. “Precisamos recolher mais provas para o identificarmos”, disse.

Segundo as informações divulgadas no Rebelion.org, apesar da prudência, os investigadores admitem como potencial contaminador o urânio empobrecido usado pelos EUA nos combates ocorridos entre Abril e Novembro de 2004, isto apesar de a Casa Branca negar terminantemente ter recorrido a tais munições.

O estudo dirigido pela doutora Samira Abdul Ghani, pediatra do Hospital Geral de Fallujah, baseia-se numa amostra de 55 famílias. Em Maio de 2010, a percentagem de crianças nascidas com defeitos congênitos atingiu 15 por cento; 11 por cento dos recém nascidos não superavam as 30 semanas, e 14 por cento das gestantes já haviam tido abortos espontâneos.

Importa ainda considerar o elevado número de mães que não se dirige aos hospitais para parir, não entrando, por isso, nesta estatística.

Fonte: Jornal Avante!