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PCdoB declara apoio ao “chamado pela paz” entre as Coreias

Em nota divulgada nesta semana, o PCdoB manifestou que “valoriza imensamente” os quatros pontos propostos pela Coreia do Norte “para iniciar um diálogo que distensione as relações na península coreana”. Segundo o texto, “todos os povos amigos da paz e contrários às políticas imperialistas e de guerra esperam ansiosamente que se tomem iniciativas para conter a escalada de tensões”.

A nota é assinada por Ricardo Alemão Abreu, secretário de Relações Internacionais do PCdoB, e Ronaldo Carmona, membro da Comissão de Relações Internacionais do partido. De acordo com eles, o PCdoB “atende” e “manifesta apoio” ao “chamado pela paz e distensão oriundo de Pyongyang”.

Confira abaixo a íntegra da nota.

PCdoB apoia proposta para a distensão na península coreana

O agravamento das tensões na península coreana é um dos principais fatores de instabilidade na situação internacional atual. Todos os povos amigos da paz e contrários às políticas imperialistas e de guerra, esperam ansiosamente que se tomem iniciativas para conter a escalada de tensões.

Neste sentido é que o PCdoB valoriza imensamente a proposta, vinda a público no último dia 5 de janeiro, em que o governo da República Popular Democrática da Coréia (RPDC), em conjunto com os partidos políticos deste país e entidades populares daquele país, formularam quatro pontos para iniciar um dialogo que distensione as relações na península coreana.

No primeiro ponto, a nota propõe “de forma cortês, ampliar o diálogo e as negociações com os partidos políticos e organizações do Sul, incluindo autoridades sul-coreanas. Com o conflito não se pode resolver o problema das relações inter-coreanas e nem se pode conseguir nada além de conflitos armados e guerras”

Já o ponto dois diz que “estamos dispostos a nos reunir, onde e quando quiserem, os que queiram apertar a mão com a RPDC, sem questionar sua origem”. Afinal, continua a nota, “para a grande causa da nação, vale mais o presente do que o passado e o futuro é mais importante que o presente”

O ponto três defende “discutir e resolver todas as questões importantes para a nação, incluindo o abrandamento das tensões, a paz, a reconciliação, unidade e cooperação, nos diálogos, negociações e contatos”. Desse modo, propõe-se que “o Norte e o Sul da Coréia devem ter uma postura honesta nestes debates relegando os interesses, estratégias e doutrinas fracionistas e trabalhar ativamente para buscar o máximo possível de pontos de consenso”.

Finalmente, o ponto quatro propõe, “de imediato, que ambas as partes deixam de lado a difamação mútua e não se envolvam em ações que provoquem a outra parte, para criar o ambiente para a melhoria das relações Norte-Sul”.

Com esses pontos, concluem os norte-coreanos, “o governo, os partidos políticos e as organizações da RPDC manifestam a esperança de que a sua proposta e o chamamento a superar a crise na península coreana e nas relações Norte-Sul obtenham a resposta ativa das entidades, partidos políticos e autoridades sul-coreanas”.

Para isso, pedem o apoio “de todos os coreanos, de dentro e fora do país, dos governos, partidos políticos e organizações de todos os países do mundo, das organizações internacionais e dos povos progressistas que amam a justiça, a verdade e a paz”.

O PCdoB atende a esse chamado e manifesta seu apoio a este importante chamado pela paz e distensão oriundo de Pyongyang.

* Ricardo Alemão Abreu é secretário de Relações Internacionais do PCdoB. Ronaldo Carmona é membro da Comissão de Relações Internacionais do PCdoB