Vigilantes em greve por causa de atraso em salários

Manaus – Cerca de 120 funcionários da Marshall Vigilância e Segurança se reuniram, nesta quarta-feira, 26 de janeiro, em frente à sede da empresa para reivindicar o pagamento dos salários atrasados. De acordo com os vigilantes, os salários que variam entre R$ 850 entre R$ 950 deveriam ter sido depositados no dia 07 de janeiro. A empresa argumenta que ainda não recebeu dos órgãos públicos a qual presta serviço.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes do Amazonas (Sindevam), Valderli Bernardo, acompanhou a manifestação na Marshall. Segundo ele, a empresa costuma atrasar o pagamento dos funcionários há quatro anos. “Eles (empresa) sempre demoram de 10 à 15 dias para pagar. Nunca protestamos antes porque procurávamos entender. Mas dessa vez, já se passaram 20 dias”.

Para Bernardo, a situação apresenta outros agravantes. Ele afirma que alguns funcionários ainda não receberam o 13o salário.

Bernardo relata que, diante da manifestação dos trabalhadores, a empresa aceitou pagar parte do salário aos presentes. Cada um recebeu, em espécie, R$ 250. O presidente do sindicato afirma que a Marshall possui um efetivo de aproximadamente 1.100 vigilantes. Segundo ele, a empresa se comprometeu em pagar os funcionários restantes na quinta-feira, 28.

De acordo com o presidente do Sindevam, a Marshall ainda não definiu o dia de pagamento do restante do salário.

Questionada sobre as justificativas que a Marshall apresentou para o atraso no pagamento, o líder sindical diz que a empresa fala que ainda não recebeu das instituições à qual prestam serviço. “Mas, nós fomos até os órgãos e empresas e vimos que tudo já foi pago”, afirma Bernardo.

Empresa culpa órgãos públicos
Em entrevista por telefone, o gerente da Marshall Vigilância e Segurança, Raimundo Sávio, confirma a falta de pagamento por parte das instituições públicas.

Sávio conta que, atualmente, a maior credora da empresa é a Suframa, que segundo ele, mantêm faturas em aberto com a Marshall desde abril de 2010. Caso não haja pagamento, afirma Sávio, a Suframa pode chegar ao montante de R$ 2 milhões em dívidas com a empresa de segurança. Sem receber, o gerente diz estar “de mãos atadas”.

Suframa desmente Marshall
Em nota, a assessoria de comunicação da Suframa diz que possui apenas três pendências com a Marshall. Segundo a superintendência, a fatura ainda não pode ser liquidada devido a irregularidades na própria empresa de vigilância. A Suframa ainda afirma que procurou a Marshall para sanar as pendências, mas não obteve resposta.

Fonte: Portal D24am – www.d24am.com