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Sarney diz que suplência pode ser tratada na reforma política

O presidente do Senado, José Sarney, disse, nesta sexta-feira (28), que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata dos suplentes de senadores pode ser incluída na reforma política que, segundo ele, será votada este ano. Sarney reconhece que há "abusos" na escolha do ocupante do cargo, referindo-se aos candidatos que indicam parentes para a vaga de suplente.

“Há certos abusos que a gente tem de considerar", admitiu, acrescentando que "acho que a PEC deve ser incluída na reforma política. Estamos procurando votar este ano. Eu acho que isso pode ser feito", afirmou. Ele voltou a dizer que se a reforma política não for feita no primeiro ano de cada legislatura "não se faz mais”. “Essa é a experiência que a gente tem".

A proposta que trata dos suplentes proíbe a escolha de parentes para o cargo e determina que em caso de morte ou renúncia do titular, o novo ocupante da vaga seja escolhido por eleição. Na legislatura que começa terça-feira (1o), somente o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reeleito senador o ano passado, escolheu pela segunda vez o filho do mesmo nome para o cargo de suplente. O Senado encerra a atual legislatura com 1/3 de seus representantes não eleitos.

Candidato à Presidência do Senado pela quarta vez, Sarney voltou a afirmar, a exemplo do que fez em outras ocasiões, que considera "um sacrifício" comandar a Casa. "Eu acho que para mim é um sacrifício o que estou fazendo. Espero que mais uma vez eu possa ajudar o País na presidência da Casa", disse.

E lembrou que "já tenho uma certa idade. Para mim é uma carga de trabalho muito grande que nós temos que arcar para dirigir uma Casa política, colegiada e ao mesmo tempo com grandes problemas na área administrativa".

Para Sarney, a escolha do seu nome feita se baseou na garantia de unidade do Partido. "Mantiveram esse apelo (à candidatura dele) em favor da unidade do partido", afirmou.

De Brasília
Com agências