Prefeitura de Pombos deixa professores sem salários nem férias 

O mesmo já havia sido feito com o 13º salário, que só foi pago através de mandado de segurança

Está segunda-feira (31) será decisiva para os professores do município de Pombos, a 57 km do Recife. A direção do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro PE) segue rumo à cidade para uma audiência com a Prefeita em exercício, Cleide Sudário Oliveira (PR), que tem deixado os servidores da educação à míngua, pão e água. O objetivo do encontro – que acontecerá às 9h, na sede da Prefeitura de Pombos – é abrir os canais de negociação para que o poder executivo efetue o pagamento dos salários de dezembro, assim como o valor referente a um terço das férias, que ainda não foram depositados aos servidores.

Esta não é a primeira vez que isto acontece. Em 06 de janeiro de 2011, o Sinpro PE já havia vencido uma ação a qual a Prefeitura de Pombos foi obrigada – através de um Mandado de Segurança assinado pelo Excelentíssimo Senhor Juiz Luiz Carlos Vieira de Figueiredo e validado na vara única daquela cidade – a depositar a quantia referente ao 13º salário dos professores, que também estava em atraso, sob pena de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

Para completar, o poder executivo está, ainda, retaliando os professores que participaram de uma caminhada para cobrar os vencimentos. Eles estão sendo removidos para setor de Ensino Fundamental, com alta porcentagem de perda salarial e substituição das vagas por estagiários.

“O mais impressionante é a intransigência com que o executivo de Pombos vem tratando os professores. Entrou, inclusive, com ação contra o Sinpro PE na tentativa de invalidar o pedido de pagamento dos vencimentos daqueles que trabalharam. Mas isso já foi derrubado pelo juiz, que acusou legítima a iniciativa do sindicato”, disse o Coordenador Político da entidade, Jackson Bezerra. “Vamos a reunião e esperamos sensibilidade por parte da prefeita para as negociações em favor dos professores daquele município. Não é possível que, ainda hoje, pessoas trabalhem e não recebam seus salários e ainda sejam punidas por cobrarem o que lhes é de direito”.

Fonte Sinpro