Congresso metalúrgico debate o Brasil e as lutas da categoria

Nos dias 28 e 29 de janeiro, o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal) realizou em sua sede o IX Congresso dos Metalúrgicos, com o lema “Pelo desenvolvimento, com soberania, democracia e valorização do trabalho”. Participaram das atividades 132 delegados de 36 empresas.

Apesar do forte calor, eles debateram profundamente os desafios e as perspectivas dos metalúrgicos para as próximas batalhas. Com várias participações, eles também apresentaram diversas propostas – todas aprovadas – que passam agora a ser bandeiras de luta do Sindicato.

No primeiro dia, a mesa de abertura contou com a participação do vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul (RS), Leandro, o presidente da CTB-RJ, Maurício Ramos, o Diretor de Saúde do Sindicato, Jorginho, Luiz Oliveira da base do Estaleiro Eisa, Uirtz Sérvulo e Fernando Nogueira, membros da direção estadual do PCdoB-RJ, e Sônia Latgé, representando a deputada estadual Rejane Almeida, além do presidente do Sindimetal, Alex Santos.

O presidente do Sindimetal, Alex Santos, abordou o cenário político nacional e o momento que vive o Brasil. Para ele, há grandes perspectivas com os megaeventos que acontecerão no país – Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, por exemplo – e os ganhos que virão com o pré-sal, criando um cenário positivo para o Brasil, principalmente para o Rio de Janeiro. Segundo o presidente do Sindicato, todas estas obras necessitarão de mão-de-obra metalúrgica, gerando um crescimento satisfatório na categoria.

Para Maurício Ramos, a reivindicação por um aumento maior no salário mínimo é uma luta de todos os trabalhadores brasileiros, que devem pressionar o governo para conquistar esse aumento. O presidente da CTB-RJ também defendeu o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho. “Nosso sindicato tem participado de todas as lutas nacionais e vamos estar lá [em Brasília] para pressionar”, definiu Maurício Ramos, que também é diretor do Sindimetal.

O secretário de Organização do PCdoB-RJ, Uirtz Sérvulo, falou sobre a atuação do Partido a partir desse novo momento – com Dilma presidente – e criticou o governo por ter iniciado sua gestão com o aumento da taxa de juros. Disse ainda que o PCdoB é contra o ajuste fiscal. “O Copom prometeu que vai aumentar ainda mais os juros. Além disso, é mentira dizer que isso é para combater a inflação, porque tem vários países com inflação e juros baixos. Temos que dar uma basta nesta política econômica”, decretou.

O segundo dia do congresso (29) serviu para aprofundar ainda mais as questões relativas ao mundo do trabalho, principalmente em relação aos metalúrgicos. A mesa contou com a participação do presidente do Sindicato, Alex Santos, os diretores Mônica Custódio e Jorginho, Luizinho, da base do Estaleiro Eisa, e o economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), Jardel Leal.

Além das moções e diversas proposições, os delegados também aprovaram que o Sindicato faça modificações na entidade, alterando sua estrutura sindical de forma que se fortaleça e esteja preparado para os novos desafios.