Lixo Extraordinário é desgosto, prazer e catarse, afirma crítico

Na lista dos indicados à 83ª edição do Oscar ao prêmio de melhor documentário, a co-produção entre Brasil e Reino Unido, Lixo extraordinário mostra o projeto social do artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores do aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os objetos catados são destinados à reciclagem, gerando renda para aproximadamente três mil catadores. Para o crítico do Cineclik, Heitor Augusto, Lixo Extraordinário é desgosto, prazer e catarse.

O catador de material reciclável Sebastião Carlos dos Santos, personagem de Lixo Extraordinário, tentará comparecer à cerimônia de entrega das estatuetas. O problema é que ele teve seu visto negado em 2010, quando tentou ir a um festival de cinema no Canadá – e tudo indica que o mesmo pode ocorrer em sua segunda tentativa.

Ainda assim, Tião, de 32 anos, pretende tentar. A ideia de levá-lo partiu do artista Vik Muniz, cujo trabalho ao lado do grupo de catadores de lixo é mostrado no filme. Ele gostaria que Tião subisse no palco junto com ele e a codiretora Lucy Walker, caso a produção fosse premiada.

Durante entrevista à Folha de S. Paulo, Tião negou que houvesse qualquer problema e disse que "está tudo bem" com sua situação. Segundo ele, a própria Academia lhe enviou um convite para a celebração. O filme concorre junto com Exit Through the Gift Shop, também sobre a arte urbana do artista britânico Banksy.

A cerimônia do Oscar, que pode contar com as presenças ilustres tanto de Tião quanto de Banksy, ocorre no dia 27 de fevereiro no Teatro da Kodak.

Fonte: da redação, com agências

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