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Dilma estreia coluna e nega intenção de privatizar os Correios

A coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, da presidente Dilma Rousseff, estreou nesta terça-feira (8/2) em cerca de 170 jornais. Dilma respondeu a três perguntas de leitores — sobre temas alimentação familiar, a situação das famílias dos militares mortos no terremoto que devastou parte do Haiti e a situação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Márcio Rogério Godoy Nóbrega, funcionário dos Correios de Bauru (SP), indagou a presidente sobre a possibilidade da privatização dos Correios. “Pois a empresa está se tornando S/A. Nós, funcionários, não queremos que a empresa seja privatizada. No governo do PT ela corre esse risco?”, perguntou.

“Não, Márcio, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não será privatizada”, garantiu Dilma. “Aliás, essa medida nem está em cogitação. O que nós buscamos é o fortalecimento da ECT como instituição pública importante para o desenvolvimento do Brasil. Assim, você e os mais de 100 mil empregados que compõem o quadro dos Correios podem ficar tranquilos, pois as iniciativas para modernizar a empresa não passam por sua privatização”, agregou.

Segundo Dilma, a intenção do governo é fortalecer a empresa. “A logística para a execução do serviço postal — que inclui infraestrutura, processos adequados, tecnologia de ponta e pessoal qualificado — é a chave do sucesso dos Correios. Além de enfrentar os novos desafios que se apresentam, a empresa se prepara para aproveitar as oportunidades de ampliação dos negócios, especialmente em segmentos como de logística integrada, serviços financeiros postais e correio digital. Essas oportunidades são potencializadas pela ampla rede de atendimento da empresa, pela confiança da população na instituição e pela capacidade empreendedora dos seus recursos humanos.”

Já o líder comunitário Alberto Estevão da Silva, do município de Arcoverde (PE), perguntou se a presidenta “irá fortalecer os projetos referentes à alimentação familiar” e “ampliar o trabalho realizado entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e as associações comunitárias, que recebem alimentos para doar”. Como será essa parceria a partir de agora?”, quis saber o líder comunitário.

De acordo com Dilma, “essa parceria, que tem dado ótimos resultados, será fortalecida e ampliada”, e o governo federal “tem como prioridade absoluta a erradicação da extrema pobreza, o que inclui garantir segurança alimentar”. A presidente enalteceu o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), que “desembolsou no ano passado R$ 800 milhões na compra de 540 mil toneladas de alimentos. Este ano, estamos planejando gastar R$ 2 bilhões, o que representa um aumento de 150%”.

O Brasil no Haiti

Já a professora Isadora M. Bueno, de São Paulo, lembrou que, por ocasião de um ano do terremoto que devastou Porto Príncipe, capital do Haiti, o governo prestou homenagem aos 18 militares brasileiros que morreram naquele país. A professora perguntou sobre como está a situação das famílias dos militares e se elas contam com “algum apoio do governo”.

Dilma assegurou que “o Brasil jamais deixaria de amparar” tais famílias. “Em 31 de dezembro, o governo passado liberou a quantia de R$ 500 mil para cada família, atendendo ao que dispõe a Lei 12.257, encaminhada ao Congresso pelo então presidente Lula”. As 16 crianças e adolescentes dependentes dos militares mortos ganharão bolsas de estudos no valor de R$ 510 mensais. “Quanto aos que prosseguirem com os estudos, ingressando em curso superior, o benefício será estendido até os 24 anos de idade.”

Da Redação, com informações do Blog do Planalto