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Salário mínimo: PSDB e DEM não se entendem no Senado

A votação do salário mínimo no Senado, que acontecerá nesta quarta-feira (23), promete dividir mais um pouco a combalida oposição ao governo federal. Ao que tudo indica, o PSDB e o DEM marcharão, de novo, separados.

O líder tucano Álvaro Dias (PR) gostaria de entrar em acordo para que os dois partidos defendessem a proposta de R$ 600, mesmo valor da campanha de 2010 ao Palácio do Planalto. “Eles fizeram a campanha presidencial conosco. Tinham o vice do José Serra”, afirma Dias, referindo-se ao companheiro de chapa, Índio da Costa (DEM-RJ).

No entanto, o líder do DEM, José Agripino (RN), disse que não haverá mudança em relação à proposta feita pela bancada da Câmara de R$ 560. “Vamos defender uma emenda igual. Isso não impede que não votemos na proposta do PSDB também”, explica Agripino.

Tucanos de diferentes plumagens ainda não souberam explicar por que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) resolveu se desgastar para insistir na proposta de R$ 560. Amigos e desafetos do mineiro avaliaram que ele calculou mal a estratégia e poderia ter evitado ficar sozinho com uma tese que acabou derrubada dentro do partido, tanto da Câmara quanto do Senado.

Já o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), fez nesta segunda-feira (21) o primeiro levantamento sobre a votação do mínimo. Segundo ele, a expectativa é que, dos 81 votos, pelo menos 50 sejam favoráveis à proposta de R$ 545 do governo Dilma. Até o momento, a única dissidência aparente dentro do PT é a do senador Paulo Paim (RS) — que, no entanto, já sinalizou possibilidade de votar com o Planalto.

Da Redação, com informações do Poder Online