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Desemprego aberto chega a 6,1% em janeiro, segundo o IBGE

O desemprego aberto nas seis principais regiões metropolitanas do país ficou em 6,1% em janeiro, de acordo com as estatísticas divulgadas nesta quinta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar de uma ligeira alta em relação a dezembro, foi a menor taxa para os meses de janeiro, desde 2003. O Dieese apurou um índice maior, superior a 10%, em função da metodologia diferente, e mais ampla, que utiliza.

Sazonalidade

O aumento da taxa em janeiro já era esperado devido aos efeitos sazonais, uma vez que muitas vagas temporárias criadas no fim do ano por causa do Natal são fechadas. O desemprego registrado em janeiro deste ano, porém, é menor que os 7,2% do mesmo mês de 2010.

A população desocupada cresceu 13,7% em relação a dezembro e caiu 15,6% em relação a janeiro do ano passado. A população ocupada recuou 1,6% em relação a dezembro e cresceu 2,2% em relação a janeiro de 2010.

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (10,474 milhões) ficou estável no mês e cresceu 6,6% no ano. O rendimento médio real dos trabalhadores (R$ 1.538,30) subiu 0,5% no mês e 5,3% no ano.

Índices divergem

Diferentes levantamentos medem o desemprego no país. Os números do IBGE são bem menores que os do Dieese/Seade. Este último divulgou quarta-feira (23) que a taxa de desemprego em sete regiões metropolitanas pesquisadas foi de 10,4% em janeiro. A pesquisa considera vagas com e sem carteira assinada.

As divergências ocorrem por causa das metodologias diferentes adotadas. A principal delas é que o IBGE mede apenas o desemprego aberto, ou seja, quem procurou emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceu nenhum tipo de trabalho -remunerado ou não- nos últimos sete dias.

A pesquisa abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Quem não procurou emprego ou fez algum bico na semana anterior à pesquisa não conta como desempregado para o IBGE.

O Dieese também considera o desemprego oculto pelo trabalho precário (pessoas que realizaram algum tipo de atividade nos 30 dias anteriores à pesquisa e buscaram emprego nos últimos 12 meses) e o desemprego oculto pelo desalento (quem não trabalhou nem procurou trabalho nos últimos 30 dias, mas tentou nos últimos 12 meses).

Com agências