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Países sul-americanos reagem à violência na Líbia

Líderes de países latino-americanos como Brasil, Peru, El Salvador e Colômbia defendem o fim da violência e a busca por um acordo na Líbia. Contrariamente, governos da Europa e dos Estados Unidos sinalizam que podem adotar punições à gestão de Muammar Khadafi para pressioná-lo. Até mesmo a intervenção armada tem sido insinuada.

Cuidadoso, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cuba, Bruno Rodríguez, apelou para que o impasse seja solucionado sem “interferência ou intervenção estrangeira”. O chanceler cubano evitou criticar Kadafi. Segundo Rodríguez, as informações que chegam até o Ocidente são “contraditórias”. Para o chanceler brasileiro, Antonio de Aguiar Patriota, a adoção de sanções não é o caminho ideal.

Os representantes da União Europeia que reúne 27 países -, cujo caráter imperialista e militarista é cada vez mais manifesto, analisam a hipótese de adotar medidas contra a Líbia para pressionar Khadafi a atender às reivindicações dos oposicionistas e deixar o poder.

Em Bogotá, os presidentes de El Salvador, Mauricio Funes, e da Colômbia, Juan Manuel Santos, condenaram a violência cometida por forças policiais contra manifestantes na Líbia e disseram que, para a comunidade internacional, é inadmissível o que ocorre no país.

No Peru, o presidente Alan García divulgou nota oficial, por meio do Ministério das Relações Exteriores, lamentando as mortes e a repressão à liberdade de expressão na Líbia. “O governo do Peru condena veementemente a repressão que está sendo realizada pelo governo líbio aos manifestantes que expressam seu descontentamento e pacificamente exigem reformas no sistema político. Também lamenta as perdas de vidas e do uso da violência”, diz o comunicado.

Ontem, nos Estados Unidos, o presidente norte-americano, Barack Obama, fez seu primeiro pronunciamento à nação sobre os fatos que ocorrem na Líbia. Segundo ele, o “derramamento de sangue é inaceitável”. Obama defendeu que a comunidade internacional “fale uma única voz” referindo-se à pressão contra o governo Kadafi. Na fala de Obama e principalmente na da sua secretária de Estado, Hillary Clinton, foram feitas ameaças veladas de intervenção.

Com Agência Brasil