As torcidas organizadas, militantes e fortemente politizadas, que tiveram papel crucial na derrubada do presidente egípcio Hosni Mubarak, na oposição ao governo militar pós-Mubarak e no mês passado, nas manifestações de massa contra o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan são hoje a ausência mais eloquente nas dramáticas cenas no Cairo, na derrubada do presidente Mohammed Mursi e nos protestos que continuam, em menor escala, em Istambul.
Por James M. Dorsey*
O autor do filme anti-islâmico que provocou protestos ao redor do mundo foi condenado a um ano de prisão por uma corte norte-americana em Los Angeles. Mark Basseley Youssef, conhecido sob o pseudônimo de Sam Basile, admitiu ter violado os termos de sua liberdade condicional por um crime não relacionado ao vídeo.
Este filme está nutrido por uma cultura dominante antimuçulmana, de uma Presidência e um Congresso que sempre tomam partido de Israel contra todos os países muçulmanos atacados pelo mesmo, começando pela Palestina
Por James Petras, em Brasil de Fato
Tal como ocorreu no Afeganistão, onde a Al Qaeda (de Osama Bin Laden) foi treinada pela CIA para combater os soviéticos, o feitiço mais uma vez se virou contra o feiticeiro.
Por Igor Fuser, em Brasil de Fato.
“O governo dos EUA é culpado, sim, pelo que ocorreu”, avalia professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC, Igor Fuser, sobre os agressivos protestos em várias partes do mundo contra o filme que ridiculariza o profeta Maomé.
O primeiro-ministro do Egito, Esam Sharaf, disse nesta terça-feira (12) que vai promover mudanças no governo em uma semana. Em discurso transmitido pela emissora estatal de televisão, Sharaf prometeu alterações, mas não detalhou como elas serão feitas. Desde fevereiro uma Junta Militar comanda o país, depois que o então presidente Hosni Mubarak renunciou sob pressão interna e externa.
As marchas da liberdade tomaram as ruas de diversas capitais do país nos meses de maio e junho. Mobilizados pela internet, sem a mediação de partidos e entidades dos movimentos sociais, eles protestaram pelo direito de protestar e uniram as mais diversas causas em uma mesma mobilização. Ainda é cedo para dizer para onde vai o movimento inspirado na Primaveira Árabe e no movimento dos indignados da Europa. A canção do Mister Lúdico dá o seu palpite.
O rei do Bahrein, Hamad ben Isa Al Khalifa, realizou neste sábado (26) uma remodelação ministerial e mudou de funções cinco de seus ministros, conservando-os no gabinete, anunciou a agência oficial BNA. A remodelação ocorre quase duas semanas depois de iniciadas as revoltas populares que exigem uma mudança de regime no pequeno reino de maioria xiita governado pela dinastia Al Khalifa há mais de dois séculos.
A Al Jazeera recebeu um bocado de louvores pela sua excitante cobertura das intifadas na Tunísia e no Egito. Muitos de nós, no Ocidente, descobriram que era uma fonte de informação útil, uma vez que a cobertura dos veículos ocidentais, amplamente moldada como sempre pelas preferências imperialistas, foi quantitativamente menor e qualitativamente pior do que a da Al Jazeera.
Por Yoshie Furuhashi*, em resistir.info
Em discurso na Assembleia Nacional nesta quinta-feira (24), o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou para a "dupla moral" com a qual países da comunidade internacional vêm tratando o conflito em curso na Líbia, dizendo haver o risco de uma "guerra civil" entre os líbios. Por sua vez, o presidente Hugo Chávez, por meio de sua conta no Twitter, corroborou as palavras de Maduro, também chamando atenção para o risco de um conflito interno no país africano.
Líderes de países latino-americanos como Brasil, Peru, El Salvador e Colômbia defendem o fim da violência e a busca por um acordo na Líbia. Contrariamente, governos da Europa e dos Estados Unidos sinalizam que podem adotar punições à gestão de Muammar Khadafi para pressioná-lo. Até mesmo a intervenção armada tem sido insinuada.
Em discurso transmitido por uma televisão local, o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, afirmou nesta terça (22) que vai permanecer no cargo e que as manifestações do país são geradas por "pequenos grupos" influenciados pelos Estados Unidos e pela Tunísia, onde a mobilização popular levou à renúncia do ex-ditador Zine El Abidine Ben Ali.