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EUA reduzem previsão de crescimento do PIB no 4º trimestre

O governo dos Estados Unidos reduziu a previsão de crescimento do PIB (soma dos bens e serviços produzidos no país em um determinado período) do país no quarto trimestre para 2,8%. Na primeira prévia, divulgada em 28 de janeiro, a estimativa de crescimento era de 3,2%, ante o trimestre anterior (2,6%) em termos anualizados.

O resultado divulgado hoje não é o final. A próxima, e definitiva leitura, ocorre em 25 de março. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo BEA (Bureau de Economic Analysis).

A divulgação de hoje decepciona o mercado financeiro que esperava uma aumento desde a última prévia. O consenso de mercado aguardada um leve incremento para 3,3%.

O BEA destaca que "a estimativa do PIB divulgados hoje são baseados em dados mais completos que permitem o avanço em relação à estimativa do mês passado".

Segundo relatório, o resultado do quarto trimestre é o reflexo de contribuições positivas dos gastos do consumidor, exportações e dos investimentos no setor imobiliário não residencial — parcialmente influenciadas pelos aumento dos estoques (mesmo sem investimentos) e dos gastos de governos regionais. As importações influenciaram fortemente na subtração no cálculo do PIB em relação à primeira prévia.

Houve uma série de reduções em indicadores da primeira para a segunda prévia. O resultado de hoje atualiza os números para: consumo pessoal do norte-americano (4,1%, comparado com a alta de de 2,4% no trimestre anterior); demanda por bens duráveis (21,0%, ante 7,6% do terceiro trimestre); produtos não duráveis (4,8%, ante 2,5%); e o consumo de serviços (1,4%, ante 1,6% no terceiro trimestre).

As exportações foram elevadas para 9,6% na revisão (ante 8,5%); no terceiro trimestre foram da ordem de 6,8%. As importações tiveram leve redução para 12,4% (ante 13,6%) e 16,8% no terceiro trimestre.O consumo e o investimento do governo federal se mantiveram em baixa de 0,2% (ante alta de 8,8% no trimestre anterior).

O índice de preços ao consumidor, que mede o custo de uma cesta de bens no país, registrou alta de 2,1%, ante alta de 0,7% no terceiro trimestre. No indicador que exclui alimentos e combustível foi registrada alta de 1,2% (ante 0,4%).

Trimestres

Segundo dados fechados do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), a economia dos EUA cresceu 2,6% no terceiro trimestre, 1,7% no segundo, e 2,7% no primeiro.

A economia norte-americana vem patinando com resultados de indicadores incoerentes, especialmente no setor imobiliário, consumo, investimentos. Analistas no geral não se antecipam em falar em recuperação robusta até o momento, mas na comparação com os anos anteriores a 2010, o resultado é positivo.

Previsões FED

Segundo relatório do banco central americano de 16 de fevereiro, a maior economia mundial deve crescer entre 3,4% e 3,9% neste ano, e possivelmente, entre 3,5% e 4,4% em 2012. Os números constam da "minuta", documento publicado hoje relativo à reunião dos dias 25 e 26 de janeiro, quando manteve a taxa básica de juros em torno de 0,25% ao ano.

O Fed também ajustou as projeções para a taxa de desemprego, que devem oscilar entre 8,8% e 9% neste ano. Em sua projeção anterior, datada de novembro, a autoridade econômica estimava uma faixa entre 8,9% e 9,1%.

Desemprego

A taxa de desemprego nos Estados Unidos voltou a cair pelo segundo mês consecutivo em janeiro, baixando a 9% da população (13,9 milhões de desocupados), de acordo com os números oficiais do Departamento do Trabalho norte-americano. Esta é a menor taxa de 2010. Em novembro, a taxa chegou a 9,8%.

Os novos pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos retrocederam nesta semana novamente, depois de uma semana de alta, atingindo seu nível mais baixo do ano, seguno cifras do departamento do Trabalho. O nível mais baixo do ano, registrado no início do mês, 385 mil pedidos, corresponde ao piso alcançado em julho de 2008.

Fonte: Jornal Floripa