Insatisfeita, população de Natal sai às ruas para protestar

Manifestações foram protagonizadas por diferentes segmentos sociais em diversos pontos da capital potiguar.

Manifestações em Natal - Júlio Pimenta
Na última quinta-feira, 24 de fevereiro, a capital potiguar parou. O motivo? Várias manifestações públicas, promovidas por diferentes segmentos sociais, em diversos pontos da cidade. O alvo dos protestos? A cada vez mais desgastada gestão da prefeita Micarla de Souza (PV).

As manifestações começaram cedo. Por volta das 8 horas, 70 vans tomaram uma faixa da Ponte de Igapó, sentido bairro-centro. Foi o suficiente para que o congestionamento se estendesse por quilômetros, tanto na direção dos bairros da zona norte, quanto para quem chegava a Natal, utilizando a BR 406. Depois da Ponte, as vans seguiram em comboio, em direção ao centro da cidade, promovendo buzinaços para atrair a atenção da população. Os permissionários de vans protestavam contra a forma com que a Prefeitura pretende implantar a unificação da bilhetagem eletrônica no município.

Segundo eles, ao afirmar que o sistema está sendo unificado, a prefeita engana a população. O modelo prejudicará os alternativos, beneficiando o Sindicato da Empresas de Transporte Urbano de Natal (Seturn), que passaria a administrar os recursos recebidos com a venda das passagens. Ainda segundo os permissionários, a entidade representativa do segmento – o Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional do Rio Grande do Norte (Sitoparn) tentou se reunir com a prefeitura para discutir o modelo de unificação, mas apenas uma das cooperativas foi ouvida.

Estudantes e servidores – Enquanto o protesto dos permissionários de vans avançava pelas ruas da cidade, estudantes e servidores municipais já se encontravam em frente à sede da Prefeitura. O recente aumento no preço da passagem de ônibus, que passou a custar R$2,20 e a demissão de servidores da Ativa eram as principais reivindicações desse grupo, que logo teve a adesão de professores em greve e de trabalhadores da saúde. Às 11 horas, quando as vans chegaram à frente do Palácio Felipe Camarão, os protestos se avolumaram, e os manifestantes se dirigiram até o cruzamento de duas das principais artérias do centro da cidade (esquina da Ulisses Caldas com Rio Branco), interrompendo o trânsito por mais de uma hora.
 

De Natal, Christian Vasconcelos