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Tiririca critica preconceito da imprensa e recebe apoio na Câmara

O deputado Tiririca (PR-SP) classificou como “preconceituosas” as críticas por sua participação na Comissão de Educação e Cultura da Câmara. “[Preconceito] que existiu até para eu chegar aqui, mas foi o povo que me colocou aqui e a voz do povo é a voz de Deus", afirmou nesta quarta-feira (2).

Ele assumiu hoje sua função de titular da comissão, dizendo que tem muito a ajudar. Deputado federal mais votado do país, com mais de 1,3 milhão de votos, ele teve de passar por um teste na Justiça Eleitoral para provar que não é analfabeto e provou.

"Sou um cara que tem uma vivência muito grande, graças a Deus. Exerci como palhaço de circo, sustentei seis filhos e estou aí até hoje. Então, eu tenho muita história, muita coisa para ajudar", afirmou o deputado.

Tiririca não falou sobre os projetos específicos que tem para a área de educação, mas revelou que a UNE (União Nacional dos Estudantes) já o procurou para levar propostas e disse que está trabalhando em seu primeiro projeto na Casa, voltado para o circo e os artistas populares.

A primeira reunião da Comissão de Educação da Câmara acabou transformando-se em um ato de apoio ao deputado. Colegas de comissão utilizaram o microfone para transmitir depoimentos de solidariedade a Tiririca.

Ao final da reunião, o próprio Tiririca fez questão de dizer que estava feliz com o acolhimento dos colegas e que havia compreendido tudo que aconteceu na sua primeira vez em uma comissão do parlamento: “Deu pra entender legal [a reunião]. Achei bacana os colegas, a força que me deram, achei bacana”.

O parlamentar afirmou ainda que a imprensa o confunde com seu personagem. "Vocês confundem o palhaço no trabalho lá, com aqui. Aqui é outra coisa, não pode brincar aqui, porque tem o negócio do decoro".

Apoio

O primeiro deputado a fazer um longo discurso de apoio a Tiririca foi o gaúcho Paulo Pimenta (PT). “O senhor é muito bem-vindo nesta comissão e trará sua experiência, aquilo que o senhor aprendeu com a vida”, discursou Pimenta.

Na sequência, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) questionou os críticos que condenavam a presença de Tiririca na pasta destinada a tratar de projetos relacionados à educação no país. “A Câmara não é uma Casa de especialistas. Só quem tem o diploma do povo pode estar aqui dentro e somos todos iguais”, afirmou.

Na mesma linha, Waldir Maranhão (PP-MA) disse que Tiririca tinha legitimidade para estar no parlamento: “O tecido social acolheu e acolherá todos nós que aqui chegamos pelo voto.”

Outro colega de Tiririca, o deputado Luiz Noé (PSB-RS), classificou as críticas contra Tiririca de “discriminatórias” e afirmou que todos os deputados já haviam passado pela aprovação do eleitor: “Nós já fomos sabatinados pelas urnas.”

Da redação com agências