O lilás da resistência

 Durante séculos, a mulher foi vítima de um machismo exacerbado oriundo de um sistema
familiar, religioso e cultural.

 Durante séculos, a mulher foi vítima de um machismo exacerbado oriundo de um sistema
familiar, religioso e cultural. Fez com que por muito tempo não desempenhasse sua
capacidade profissional, e política .

A violência contra a mulher é fruto da desigualdade entre homens e mulheres e segundo
estatística, no Brasil a cada 2 minutos 5 mulheres são espancadas. Na maioria, o agressor
são pessoas que tem uma relação de afeto. Com a Lei Maria da Penha, esse número vem
diminuindo, eram 8. Mulheres que perderam sonhos e até suas vidas. Entretanto, apesar da
discriminação, da violação de seus direitos, dos desrespeitos a sua integridade física, mental e
sexual, a mulher não se condicionou ao papel de vítima e tenta reescrever uma nova história.
Com amor, mulheres e homens buscam harmonia e descobrir o real sentido da vida. Ser feliz!!

No Acre, as mulheres não se conformaram com esse papel imposto por uma sociedade
sectária e lutaram…desde a Revolução Acreana, a história mostra sua participação ativa
nos processos de mudanças importantes para nosso estado. Mulheres corajosas aliadas aos
movimentos sociais e com participação importante no cenário político nacional, como a Ex-
Senadora e Ministra Marina Silva, Deputada Federal Perpétua Almeida e sendo o primeiro
estado a ter uma mulher governadora Hiolanda Flemeg, as acreanas não se intimidam em ter
participação ativa na política. Além de ser maioria no mercado de trabalho, saúde, educação,
comércio, judiciário, jornalismo, etc… são incentivadas pela história vitoriosa da Presidenta
Dilma.
Homenagens

Rita Batista – Presidente da UBM

“O maior desafio na década de 60 era encarar o preconceito de ser mulher e de ser comunista”.

Investigada e abordada por várias vezes pela Polícia na década de 60, RITA BATISTA viveu e militou num momento muito difícil da política brasileira, a Ditadura Militar. Mesmo no Acre, que parecia um Estado distante da civilização, os militares agiam severamente para “cumprir a ordem” aos que ousavam questionar o regime.

E uma mulher, dona de casa, professora e mãe de 3 filhos, enfrentou de forma corajosa o preconceito e o medo dessa parte da história triste e opressora do nosso país. “Não podíamos conversar mais 3 pessoas na beira da rua”, diz Rita, que era a única mulher na direção do PCdoB-Acre, na época.

As reuniões ocorriam dentro do carro, em um fusca andando pela cidade ou na zona rural de Rio Branco, para confecções de panfletos e nunca nos mesmos lugares.

“Lembro que recebi um comunicado para uma reunião em um ramal distante e não tinha ninguém pra deixar minhas crianças, levei-os no meu fusca e o carro quebrou, fiquei várias horas fora de casa e meu marido desesperado, nos procurou no hospital em todo lugar, ele pediu separação, devido os meus sumiços que eram constantes, achando que eu estava traindo-o, ele não podia saber que eu era Comunista”, conta com emoção Rita Batista.

“Na época, a direção do Partido era tão pequena que cabia dentro de um fusca”. A família e os colegas de trabalho começaram a desconfiar da forma que ela se posicionava. As retaliações e o preconceito pareciam comum, já que a separação a deixava também como mãe solteira, ficando ainda mais vulnerável.

Com a queda da Ditadura, o PCdoB passa a ser um partido legal e Rita Batista foi a primeira pessoa a se filiar e se pronunciar publicamente pelo PCdoB do Acre, como ainda, lançar sua candidatura a Senadora e depois a Vice-Prefeita. Participou da fundação de todos os Movimentos Sociais do Acre, fundou o H&VIDA, hoje é Presidente da UBM no Acre e Assessora Política da Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres.

Nossa homenagem a essa mulher de uma história de lutas e ideais sempre a frente de seu tempo. Viva 8 de Março! Viva a mulher Acreana!

Perpétua Almeida – Deputada Federal

Vem do Movimento Social, Sindicato dos Bancários, foi Vereadora mais votada de Rio Branco, Deputada Federal pelo Terceiro Mandato. Por duas vezes a candidata que mais teve voto do Acre. Várias emendas para Produção Familiar, transporte rural, reforma em Centro de Referência contra Violência contra Mulher, Lançou a Cartilha da Lei Maria da Penha. Atualmente, está em execursão uma emenda para 17 Estados do Brasil para o Fortalecimento e Divulgação da Lei Maria da Penha através de Seminários. Saúde da Mulher, Barco-hospitais para o município do Jordão, o município mais isolado do Acre. Outras ações e emendas que orgulham os Acreanos por ter uma mulher de luta e compromisso no parlamento.

Ariane Cadaxo (PC do B)-Vereadora
Vereadora desde 2004, atualmente é a única mulher no parlamento na cidade de Rio Branco.
É autora do Projeto Lei aprovado que amplia para seis meses a Licença Maternidade.
E do Projeto de implantação do Centro de Prevenção e apoio às adolescentes Grávidas em
situação de Abandono.

Antonia Alves Pereira Cavalcanti

Conhecida como Toinha, a funcionária pública estadual, nasceu em 13 de junho de 1970 no município de Assis Brasil-AC.

Filha de Antonio Domingos Pereira e Antonia Alves Ribeiro.

Iniciou na vida política no ano de 1996, filiada ao antigo PFL, atual Democrata.


Néia

Vice – Prefeita de Plácido de Castro (PCdoB)


Maria do Carmo
Presidente da União Taraucaense de Mulheres- atuante na aplicação da Lei
Maria da Penha e Direitos da Mulher. Foi a pioneira em garantir e levar atendimento básico á
saúde da mulher na zona rural do município de Tarauacá.


Consita Maia
Secretária Estadual de Políticas para Mulheres

Escrito por Francelina Martins
Publicado por Marcel Fialho