Otan analisa opções de intervenção militar na Líbia
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) discute nesta quinta-feira (10) opções militares para intervir na Líbia, incluindo a imposição de uma zona de exclusão aérea, o bloqueio naval e a criação de um corredor para levar "ajuda humanitária".
Publicado 10/03/2011 05:49
Numa atitude que apenas agrava a situação no norte da África e dificulta uma solução pacífica para a crise, a Otan escolhe uma linguagem belicosa e até mesmo tenta rearmar os opositores ao governo do líder líbio Muamar Kadafi.
Durante uma reunião nesta quinta-feira, os ministros da Defesa dos países da Otan discutirão sobre a imposição da zona de exclusão aérea, mesmo sem o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde a Rússia e a China podem usar seu direito de veto.
De acordo com o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, pode-se optar por uma zona de exclusão aérea, sob exclusivo controle da Otan, que teria luz verde para realizar ações de resposta rápida.
A Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Catherine Ashton, disse na terça-feira (8) perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, que é necessário permitir que os líbios “façam sua revolução”.
Também em Estrasburgo, membros do chamado Conselho Nacional da Líbia exigiram que esta organização oposicionista ao regime líbio seja reconhecida como único e legítimo interlocutor do país, rechaçando ao mesmo tempo a presença de tropas estrangeiras em seu território.
Apesar de não terem recebido qualquer pedido de intervenção, os titulares da Defesa dos países da Otan também darão forma a uma possível vigilância naval em águas internacionais para evitar a entrada de armas para a Líbia, para o que, segundo a própria Otan, não seria necessário uma autorização da ONU.
O encontro também analisará problemas ligados à reorganização interna da Otan e outros relacionados com a guerra no Afeganistão.
Fonte: Prensa Latina