Haiti: Candidatos preocupados com a violência eleitoral
Michel Martelly e Mirlande Manigat, candidatos à presidência do Haiti, manifestaram preocupação nesta quinta-feira (10) com os incidentes violentos ocorridos durante a campanha eleitoral e pediram calma tendo em vista o pleito do próximo dia 20 de março.
Publicado 11/03/2011 04:21
Em seu primeiro debate público, realizado na quinta-feira, os candidatos condenaram o assassinato de três jovens que estavam distribuindo fotos e material de propaganda eleitoral da candidata Manigat na capital Porto Príncipe.
Martelly e Manigat também pediram que seus seguidores mantenham um clima de tolerância e convivência nos 10 dias restantes para o segundo turno das eleições presidenciais e legislativas.
Os dois candidatos enfatizaram a necessidade de prevenir comportamentos agressivos, a fim de assegurar o desenvolvimento pacífico e o encerramento da campanha.
Durante o debate televisivo, os concorrentes apresentaram os seus planos para os primeiros 100 dias no cargo.
Manigat visa implementar medidas para estabilizar os preços das commodities, travar a epidemia de cólera,que já matou 4,7 mil pessoas, e implementar mecanismos para atuar em situações emergenciais de desastres naturais.
Martelly, o favorito segundo pesquisas recentes, prometeu restaurar a autoridade do Estado, construir a confiança e desenvolver um plano para as pessoas desalojadas de suas casas após o terremoto de janeiro de 2010. Este fenômeno causou pelo menos 316 mil óbitos, 1,5 milhão de desabrigados e a destruição mais de 60 por cento das infra-estruturas de Porto Príncipe e cidades vizinhas.
Os dois candidatos também concordaram em acelerar o processo de reconstrução, aumentar a produção agrícola nacional e o desenvolvimento econômico na nação caribenha.
Além do chefe de Estado, os haitianos vão eleger 79 membros da Câmara dos Deputados, que se somarão a outros vinte já eleitos no primeiro turno, e sete senadores, que irão se juntar aos quatro já eleitos.
Fonte: Prensa Latina