EUA vendem armas, México dá os mortos, diz senadora
A senadora do Partido da Revolução Democrática (PRD), Yeikol Polenski, disse que é inaceitável que as autoridades estadunidenses tenham permitido ilegalmente a introdução de armas no México.
Publicado 15/03/2011 05:53
Em declarações à agência Prensa Latina, a senadora disse que "eles armam golpes de estado, articulam o negócio através da venda de armas para o crime organizado e traficantes de drogas, e nós colocamos os mortos, número que hoje é de mais de 36 mil".
Indicou que, nesses casos nem 10% dos que foram mortos como resultado do enfrentamento do governo com o crime organizado ou a rivalidade entre as gangues estão envolvidos com o narcotráfico.
Referindo-se ao mais recente escândalo relacionado com a operação "Velozes e Furiosos", Polenski disse que nos EUA ninguém reclamou sobre esta situação até a morte de um de seus agentes.
Ela acrescentou que o negócio de contrabando de armas superou todas as expectativas sobre o nível de interferência do país vizinho em território nacional e o mais dramático é que “nós permitimos isso."
O Senado exigiu recentemente do governo uma investigação completa sobre os fatos, enquanto na quinta-feira a chanceler, Patrícia Espinosa, e o embaixador do México nos Estados Unidos, Arturo Sarukhan, comparecerão à câmara alta para prestar esclarecimento sobre o assunto.
O secretário da comissão de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, Escudero Pablo Morales, entrou com queixa na Procuradoria Geral da República (PGR) contra os responsáveis pelo ingresso no território nacional de cerca de duas mil armas de grosso calibre, sob o pretexto de perseguir os grupos do crime organizado.
Prensa Latina