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Embaixador dos EUA no México é flagrado em atos de ingerência

Novas revelações do Wikileaks apontam mais uma vez que o embaixador dos EUA no México, Pascual Serrano, interferiu nos assuntos internos e nas decisões estatais questionados.

A edição da quarta-feira (9) do jornal La Jornada publicou relatórios de setembro de 2009, nos quais o diplomata questionou a decisão do presidente mexicano, Felipe Calderón, de nomear o chefe de Gabinete do Procurador-Geral da República (PGR), Arturo Chávez Chávez .

Em um dos primeiro relatórios confidenciais enviados à Casa Branca após a sua chegada como embaixador para o México, Serrano qualifica Arturo Chávez como soldado, cuja nomeação presidencial foi "totalmente inesperado” e era “inexplicável politicamente".

De acordo com o Wikileaks, o Procurador Geral da República atual da nação asteca é visto pelas autoridades dos EUA como alguém que ganhou notoriedade pública por "não ter investigado energicamente assassinatos de mulheres em Ciudad Juarez, quando ele foi procurador-geral de Chihuahua"

De acordo com o relatório, as principais organizações de direitos humanos no México e no exterior acusam Arturo Chávez de ocultar provas, "falta de sensibilidade" que segundo Pascual foi confirmada por “nossas fontes no escritório da União Europeia."

Em seu relatório para o Departamento de Estado sobre a designação do Procurador Geral da República o diplomata do país vizinho tenta encontrar explicações em duas teorias. A primeira é que o presidente Felipe Calderón, chateado com a, rejeição do Partido Revolucionário Institucional (PRI) decidiu promover pessoas leais. A segunda, que "ganha impulso cada vez mais”, considera que Calderón poderia ter nomeado Arturo Chávez como forma de desafiar o PRI.

Relatórios da Embaixada dos Estados Unidos no México indicam que a decisão de Calderón foi discutida entre "um advogado que tinha construído uma relação forte e positiva com os EUA (Eduardo Medina Mora) e um operador menos capaz e isolado politicamente (Arturo Chávez ) ".

Medina Mora, embaixador do México no Reino Unido, foi descrito por funcionários da embaixada dos EUA como uma pessoa-chave na definição atual da Iniciativa Mérida, durante seu mandato como procurador-geral.

As referências constantes nos vazamentos do Wikileaks sobre a ingerência aberta do atual embaixador Serrano forçou o presidente do México para expressar seu descontentamento ao presidente Barack Obama, durante recente visita em Washington.
Fonte: Prensa Latina