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G8 adia intervenção militar na Líbia, mas anuncia sanções

A proposta de intervenção militar na Líbia não encontra consenso entre o G8 — os Estados Unidos, a Rússia, Alemanha, o Reino Unido, a Itália, o Canadá e Japão. A conclusão é do ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé. Segundo ele, houve um jantar entre os representantes do G8, e durante as discussões não foi possível encontrar um acordo em torno da sugestão.

Os parceiros do G8, porém, concordaram que devem ser adotadas medidas para a aplicação de sanções à Líbia. Também decidiram buscar o apoio de países árabes e africanos para adotar as ações. Não foram definidas ainda quais medidas deverão ser impostas ao país.

Os representantes da França e da Inglaterra propuseram o debate sobre a imposição de uma zona de exclusão aérea ou de interdição, na tentativa de fragilizar os embates liderados pelas forças do presidente Muammar Kadafi.

“Não temos hoje os meios militares porque a comunidade internacional não decidiu adotar esse mecanismo”, afirmou Juppé. “Se tivéssemos usado a força militar na semana passada para neutralizar um certo número de bases aéreas e de algumas dezenas de aviões de que Khadafi dispõe, talvez a inversão desfavorável aos rebeldes não tivesse acontecido.”

Uma vez imposta a zona de exclusão, o espaço aéreo líbio ficará submetido a forças estrangeiras. O que seria o primeiro passo para a intervenção militar estrangeira, um ato de agressão à Líbia.

A proposta de intervenção na Líbia é vista pela comunidade progressista internacional como uma iniciativa opressora dos poderes hegemônicos mundiais, que querem combater as mudanças revolucionárias que ganharam força em várias regiões do mundo árabe – no Oriente Médio e no Norte da África.

Da redação, com informações da Agência Brasil