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Dividido, Conselho de Segurança discute ação na Líbia

Sob divergências internas, o Conselho de Segurança das Nações Unidas dá continuidade nesta terça-feira (16) às consultas sobre o projeto de resolução que propõe a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia.

A proposta é defendida por países imperialistas da União Europeia, como França e Reino Unido e pelo Líbano. O imperialismo estadunidense, cujo chefe Barack Obama tem reiterado a opinião de que Kadafi deve se retirar da liderança do país, ao perceber a capacidade de resistência dos líbios, por incrível que pareça está pedindo “cautela”.

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Se a zona de exclusão for estabelcida, o espaço aéreo líbio passa a ser supervisionado por forças estrangeiras. O risco de intervenção militar estrangeira e portanto de uma guerra de longa duração com a Líbia cresce.

O embaixador libanês nas Nações Unidas, Nawaf Salam, negou que a resolução será tratada como intervenção militar estrangeira na Líbia. “Esperamos que tenha um efeito demovedor para o regime não usar os aviões para atacar áreas de civis”, disse Salam. “[A resolução] não pode ser qualificada como intervenção estrangeira de maneira alguma”.

Alguns membros do conselho, como a Rússia, que tem poder de veto por ser um integrante permanente do órgão, mostram-se céticos em relação ao conteúdo da resolução, levantando dúvidas em particular quanto à forma de imposição da zona de exclusão aérea.
 
O embaixador francês nas Nações Unidas, Gerard Araud, disse não entender as questões levantadas pelos russos, citando o exemplo da resolução que impôs uma zona de exclusão aérea na Bósnia.

O porta-voz da Presidência dos Estados Unidos, Jay Carney, pediu prudência nas discussões sobre uma eventual ação na Líbia. “Não penso que os norte-americanos queiram ver o presidente dos Estados Unidos empenhar-se unilateralmente em uma operação militar sem ter examinado as consequências possíveis”, afirmou o porta-voz.

Adversários de Obama no Congresso e peritos em política estrangeira têm criticado sua posição. Mas, desde o início da crise, o presidente norte-americano tem insistido no apoio da comunidade internacional e destacado as ameaças globais, se houver uma intervenção internacional na Líbia.

Fonte: Agência Brasil