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Organizações estudantis do Chile rejeitam visita de Obama

Organizações estudantis do Chile reiteraram sua adesão à marcha de protesto que será realizada amanhã (20), em Santiago, contra a visita ao país do presidente estadunidense, Barack Obama.

A presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Camila Vallejo, fez um chamado a repudiar a presença do presidente estadunidense e disse que ele está bem longe honrar o Nobel da Paz que recebeu em 2009.

Vallejo denunciou a política belicista de Washington para o Oriente Médio. Igual postura teve o lider universitário chileno Germán Quintana, quem instou Obama a renunciar à ideia de intervir militarmente na Líbia.

Os estudantes universitários chilenos se somarão à manifestação que partirá da Praça Itália de Santiago até a central Praça de Armas, onde terá lugar um ato político em rejeição à visita de Obama, convocado pelo Colégio de Professores, o Partido Comunista, agrupamentos defensoras dos direitos humanos e o Movimento Chileno de Solidariedade com Cuba.

O denominado Comício pela Paz e contra a Guerra terá como objetivo central o repúdio ao comportamento injerencista dos Estados Unidos, incluídas as agressões contra os governos de Cuba, Equador, Bolívia, Nicarágua e Venezuela.

Em Concepção, capital da região de Bío Bío, terá também outra mobilização contra as políticas imperiais que representa e sustenta Obama.

Além das práticas de guerra típicas da Casa Branca, os organizadores do protesto em Concepção criticaram o pacto nuclear assinado nesta sexta-feira (18) entre Chile e Estados Unidos, o que consideraram totalmente sem lugar, dada a alta sismicidade do país sul-americano.

A inclusão do Chile na viagem, país desde o qual Obama pronunciará um discurso à América Latina na segunda-feira que vem, põe em evidência a complacência de Washington com as políticas promovidas pelo governo direitista de Sebastián Piñera.

No Chile, Obama se sentirá em casa, afirmou com sarcasmo a revista local Ponto Final. "Nosso país é uma burla imitação do seu", destacou a publicação.

Fonte: Prensa Latina