Empresa de beneficiamento de borracha se instala no Acre

 Representantes da empresa Prabor Indústria e Comércio de Borracha reuniram na tarde desta terça-feira com o secretário de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, com o secretário-adjunto, Fábio Vaz, e com representantes da cooperativa Cooperacre. A reunião foi para tratar da instalação da empresa no Acre já a partir deste ano.

A Prabor tem sede em São Paulo e atua como beneficiadora de borracha natural proveniente de seringais de cultivo de São Paulo e Estados vizinhos, mas agora busca a produção da borracha natural dos seringais acreanos, considerada de maior qualidade que as de cultivo. O foco da Prabor é a produção de borracha usinada para a produção de pneus.

Já a Cooperacre é uma cooperativa de produtores rurais que há alguns anos vem contribuindo para o fortalecimento das cadeias produtivas da borracha e da castanha no Acre. “A Prabor trabalha com borracha há muito tempo, bem como com a produção de mudas de seringa com maior qualidade e resistência às pragas”, lembrou Edvaldo Magalhães. O secretário garante que a presença dessa indústria no Estado deve contribuir para reaquecer a cadeia da borracha. “Será um empreendimento público/privado. O Estado entra com parte do investimento, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a empresa entra com outra parte dos investimentos”, contou Magalhães.

Fábio Vaz disse que há uma predileção do governo do Estado para que a Prabor se instale na região de Sena Madureira. Ele contou que a ideia é garantir que aquela região seja beneficiada com os empregos e com a geração de renda que se dará a partir da entrada em funcionamento da Prabor. O presidente da Cooperacre, Manoel José, disse que a parceria, na verdade, é uma sociedade onde Cooperacre e Prabor dividirão lucros e responsabilidades. “Nós entramos com a matéria-prima e eles com a parte de produção”, disse Manoel José.

O representante da Prabor Emerson Pradello, disse que há cerca de um ano que a empresa vem negociando com o governo do Estado para se instalar no Acre. “Essa negociação avançou e o governo agora reafirmou essa parceria. E agora estamos botando em prática”, disse.

Pradello explicou que existem diversos tipos de borracha que se diferencia de acordo com o local onde a seringa é plantada. “A borracha de São Paulo é diferente da de Minas Gerais, que também é diferente da do Mato Grosso, e assim por diante”, contou. “Já essa produzida na Amazônia é uma borracha forte e mais dura. Depois de usinada, ela produz uma borracha de excelente qualidade e muito valorizada no mercado.” 

Fonte: Agência de Notícias do Acre