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Rebeldes líbios reivindicam retomada de cidade estratégica

Os rebeldes líbios voltaram a controlar hoje a estratégica cidade de Ajdabiya, ajudados por sete noites consecutivas de bombardeios ocidentais e depois de dias de intensos combates contra as forças leais a Muamar al-Kadafi.

Porta-vozes dos rebeldes citados pela emissora de televisão catariana Al-Jazira afirmaram que a região oriental da Líbia "está totalmente sob nosso comando", embora outras fontes informam que o disputado território estava "quase sob controle total" dos rebelados.

Ajdabiya situa-se em uma rota importante para chegar a Benghazi, a segunda cidade do país transformada em capital da rebelião, e as tropas da Líbia a haviam "limpado de mercenários e terroristas" em 15 de março, segundo informou então a televisão estatal.

O Exército libio dominou a estrada periférica que rodeia a cidade durante a última semana, mas foi obrigado a sair dali depois dos intensos bombardeios aéreos da coalizão internacional que impõe uma "zona de exclusão aérea".

Aviões bombardearam na sexta-feira tanques e artilharia antiaérea das tropas líbias nas proximidades de Ajdabiya para quebrar as atividades terrestres e ajudar aos rebeldes a avançar e retomar a importante região.

As forças armadas nacionais estão colocadas agora no oeste de Ajdabiya, onde testemunhas relatam ver fumaça e restos de tanques e outros carros militares destruídos pelas bombas.

Segundo fontes oficiais líbias, os ataques das potências ocidentais aterrorizaram os moradores da cidade, que se viram obrigados a fugir em busca de refúgio.

O governo de Trípoli denunciou ontem que as ações militares da coalizão davam cobertura aos rebeldes para avançar sobre Ajdabiya, e o considerou um ato "imoral, ilegal e não autorizado pelo Conselho de Segurança (da ONU) na resolução de 19 de março.

Sobre o tema, o porta-voz do governo Moussa Ibrahim disse que aviões de combate destruíram sete tanques líbios em apenas 24 horas, ameaçando as populações civis, incluída nos locais tomados pelos rebeldes.

A televisão oficial reportou neste sábado (27) que "os ataques inimigos" tinham acertado posições militares em Tarhunah, uns 66 quilômetros desta capital, mas também deixaram ao menos 114 pessoas mortas, muitas delas civis, desde o início da agressão.

Enquanto isso, espera-se o resultado de mediação da União Africana para abrir um diálogo entre o governo de Kadafi e os rebeldes, previsivelmente em Addis Abeba, a capital etíope.

Fonte: Prensa Latina